Porque tenho que ser o único sozinho?

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Coloco a Lorie no banco de trás e me dirijo ao banco do motorista. Dou partida no carro e vou rumo à escola dela. O ar aqui dentro está extremamente tedioso, então...

Drogo: o que acha de uma música maninha? - pergunto a olhando pelo espelho central do carro.

Lorie: aceito, mas eu escolho! - diz mandona.

Drogo: às ordens senhorita!

Lorie: Freakshow - diz animada.

Drogo: essa é a minha garota!! - digo obedecendo o que ela pede.

Aumento o volume e nós dois começamos a cantar.

Drogo: Step right up! Ladies and gentleman

Lorie: Come in please ?

Drogo: Some say they're aliens

Lorie: Some say they're strangers

Drogo: Some say they're on this world

Lorie: We will not conform to the masses

Drogo: Whether they are ? or whether they attack us

Lorie: C'mon!

Drogo: C'mon

Drogo/Lorie: Welcome, to the freak show...

O caminho inteiro foi cantando essa música, e posso dizer que eu e a Lorie formamos uma bela dupla.

Chegando na escola dela, várias crianças e até mesmo vários pais olham para o carro surpresos. Talvez por ter uma música alta tocando, ou por uma Ferrari vermelha, extremamente luxuosa ter parado logo na entrada.

Saio do carro e recebo vários olhares femininos, a maioria de garotas menores de idade, na faixa dos quinze aos dezessete. Abro a porta para a Lorie e a mesma desce toda metida. Algumas garotinhas, que com toda a certeza são patricinhas mimadas, a olham com fúria por ter chamado a atenção de suas amiguinhas.

Foram poucas as vezes em que eu trouxe a Lorie ou a busquei, mas nunca fui de parar na entrada, por isso a surpresa de todos.

Me abaixo ficando na altura da rosada a minha frente. Deposito um longo selar em sua testa, em seguida a olho com ternura.

Drogo: boa aula maninha - digo e ela me abraça pelo pescoço.

Lorie: obrigada maninho, por tudo - diz sorrindo.

Drogo: não precisa agradecer, estarei sempre contigo - digo dando uma piscadela para ela.

Ela retribui com um sorriso e em seguida se dirige à escola. Espero até o momento que ela adentre os portões e volto ao carro em seguida.

Dirijo rumo a universidade, devo estar atrasado, pois aquela "discussão" por causa da naja, tomou muito do meu tempo.

Chegando lá, saio do carro e caminho calmamente até a entrada. Não há muitas pessoas no campus, as aulas já começaram. Ando lentamente pelos corredores, com as mãos dentro dos bolsos.

Acabo dando de cara com a víbora, que tenta com muita dificuldade guardar alguma coisa no armário. Passo por ela sem dar importância, mas como a vida gosta de ser cruel comigo, ela nota a minha presença e me chama.

Nadine: Drogo!! Podemos conversar? - pergunta acanhada.

Drogo: não... estou atrasado... - digo sem interesse.

Na Calada da Noite - A Última Esperança Onde histórias criam vida. Descubra agora