Como nos velhos tempos

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☆Kiara☆

Algo úmido toma conta de meu pescoço, e sem precisar abrir os olhos, já sei que é meu doce vampirinho flamejante. Não me atrevo a para-lo, pois amo quando ele faz isso.

Já é um hábito ser acordada todas as manhãs desta maneira. Mas infelizmente, não podemos nos alongar nessas carícias. No entanto, Drogo não parece querer parar tão cedo, e minha vontade é de ficar aqui até o anoitecer.

Uma de suas grandes mãos, desenha a curva de minha cintura, descendo até o meu quadril e parando em minha coxa, onde recebo um belo aperto, me fazendo gemer pela sensação.

Kiara: Drogo... - sussurro seu nome, na intenção de chamar sua atenção para que ele pare.

Mas não obtenho resposta alguma, apenas meu corpo sendo virado sobre o colchão bruscamente. Ele ataca novamente meu pescoço, roçando suas presas ali, me desestabilizando inteiramente. Mas preciso preservar minha sanidade, nós não podemos! Não agora!

Kiara: já chega Drogo! Não podemos!  - tento afasta-lo de mim.

Porém ganho em troca, minhas mãos sendo prensadas contra o colchão, me impedindo de me mover.

Drogo: já faz tanto tempo amor... vamos só por alguns minutinhos... eu preciso sentir você... - diz com seu tom de voz rouco, de uma maneira extremamente sexy, o que termina de levar meu juízo para longe.

Kiara: as crianças Drogo! - tento me libertar de seu aperto.

Drogo: não tente sair dessa Kiara, os dois ainda estão dormindo... - com apenas uma mão ele continua segurando meus pulsos, e com a outro descobri meu seio, logo o abocanhando.

Kiara: Drogo para! Eu não quero agora, por favor! - o repreendo duramente, como ando fazendo desde que as crianças nasceram.

O loiro larga meu seio de uma maneira não tão delicada. Seu olhar se escurece e sua mandíbula é cerrada. Ele sai de cima de mim bruscamente e vai em direção ao banheiro, fechando a porta com força.

Suspiro pesadamente com sua ação, não queria que ele ficasse de mau humor justo no dia de sua formatura.
Mas, com as crianças em casa, minha consciência pesa por fazermos isso na presença delas, chega a ser vergonhoso. No entanto, é visível que Drogo não pensa da mesma forma.

Entretanto, sem muito tempo para me arrepender, ouço Jade chorar exasperadamente. 

Kiara: Acabou a folga... - sorrio minimamente.

Ajeito minha camisola, e vou de encontro à minha vampirinha loira, que ama me fazer sofrer na hora de amamentar. 

Kiara: oi meu amor... vai ser boazinha com a mamãe dessa vez, certo? - quando seus olhos se encontram com os meus, seu choro cessa e um sorriso travesso surge em seus lábios, me dizendo o contrário de minhas expectativas.

Reviro os olhos divertida com a situação. A pego no colo com cuidado e me sento na cama, logo começando a amamentar essa bebê faminta.
Ela mama tão desesperadamente que chega a me fazer rir com sua pressa.
Acaricio seus cabelos loiros com pontinhas avermelhadas e isso parece acalmar sua pressa, pois seus olhinhos se fecham e seu desespero por leite diminui.

Fico admirando minha filha por longos minutos, me lembrando de toda a beleza e ferocidade de meu marido. Falando nele, a porta do banheiro finamente é aberta, revelando um Drogo sério, com os cabelos molhados e a toalha na cintura.

Não me atrevo a puxar assunto, ele não parece querer conversar agora.
Ele se veste com roupas cotidianas e seca seus cabelos com a toalha. Passa um perfume mais leve e logo se vira para me olhar.

Na Calada da Noite - A Última Esperança Onde histórias criam vida. Descubra agora