Eu te amarei eternamente

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Faz dois dias que Kiara se transformou em cinzas e faz dois dias que Drogo está cuidando das crianças... sozinho. Sem o leite materno da mãe, Drogo foi obrigado a dar sangue para seus filhos, que por enquanto está os alimentando bem, mas Mason foi o primeiro a começar a rejeitar, não dando muitas alternativas ao seu pai.

Drogo ainda precisa se acostumar. Íris e Morgana, vieram no dia anterior para o instruir. E ele optou por ficar sozinho depois que começasse a pegar o jeito, para se adaptar melhor a fase de ser um pai solteiro, ou melhor, viúvo.

A culpa prevalece em seu coração, enquanto sua mente o condena por ter a deixado sozinha naquele dia. Mas, mesmo que a tristeza lhe queira tomar, ele não pode se deixar levar pela dor, seus filhos precisam de todo carinho desse mundo, agora que não possuem mais uma mãe.

No momento, o loiro se encontra amamentando Jade, com seu sangue. Porém, de súbito Mason começa a chorar descontroladamente, assustando Drogo, que tenta pensar em algo que está causando seu choro.

Drogo: Mason, o que foi meu filho, o que você quer? – se senta na cama, perto do bebê chorão, ainda segurando Jade nos braços.

Mas, no mesmo instante que o liquido vermelho chega ao fim da mamadeira de Jade, ela imita seu irmão, chorando igual uma condenada, deixando Drogo sem chão.

Ele não faz a mínima ideia do que fazer, desde que nasceram, nunca choraram dessa maneira, na maior parte do tempo dormiam, mas agora decidiram atazanar o pai de uma só vez.

Drogo: filhos... o papai não sabe o que fazer, me perdoem, eu nunca estive pronto pra isso.

Suas lágrimas descem uma em seguida da outra. Ele logo aceita sua inutilidade, e vê que a melhor opção é chamar uma das mulheres da família.

Ainda entre prantos, ele coloca Jade sobre a cama ao lado do irmão, que em momento algum para de chorar.

Drogo pega seu celular já não se aguentando de tanto sofrimento ao ver seus filhos chorarem daquela maneira. Ela clica no contato de Íris, ansiando por ajuda o mais rápido possível.

No entanto, os bebês param de chorar, o que claramente, chama a atenção de Drogo. Os olhinhos grandes de seus filhos olham insistentemente para a janela, o que faz Drogo imitar o ato.

Na sacada, onde a luz da manhã reflete, é possível ver pequenos pontinhos pretos, que vão surgindo um por um.

Isso deixa Drogo inteiramente confuso, mas sua atenção nunca é desviada da sacada.

Agora os inúmeros pontinhos começam a brilhar intensamente e se unir, formando uma figura que confundi ainda mais o loiro.

A temperatura do quarto de Drogo se eleva rapidamente, o que enche os olhos de Drogo com lágrimas de felicidade.

Os dois recém-nascidos soltam risadinhas lindas ao perceberem que a mamãe voltou.

E enfim, a figura radiante de Kiara é formada por inteiro, mas agora quem está tomando conta de seu corpo é a sua fênix. Seus cabelos são flamejantes, assim como os olhos, todos os seus pelos, são brancos como a neve. Suas asas são gigantes! Chegando a ser maiores do que a própria sacada.

Ela agora se encosta nas grades da sacada e olha para o loiro sorridente, deixando suas chamas se dissiparem.

Kiara: meu bebê estava chorando! Tadinho – debocha do loiro.

Drogo: ser pai não é tão fácil assim – sorri.

Kiara: sei que não...

Na Calada da Noite - A Última Esperança Onde histórias criam vida. Descubra agora