Capítulo 33

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Ele me olhou por um breve instante, um sorriso iluminando seu rosto. Depois, seus olhos voltaram-se para a estrada enquanto continuávamos a viagem. Eu sorri, observando a cidade passar pela janela do carro. Em um momento, ele parou atrás de alguns veículos, esperando o semáforo abrir. Meus olhos se fixaram em uma casa noturna agitada, com uma fila de pessoas ansiosas para entrar. Uma ideia surgiu em minha mente, e eu o encarei, notando que ele estava se observando no espelho retrovisor, procurando imperfeições.

— Senhor perfeccionista, o que acha de dançarmos? — propus.

Ele desviou o olhar do espelho e me encarou, surpreso. Apontei para o local através da janela do carro. Ele esticou o pescoço para observar o lugar e fez uma expressão de desaprovação.

— Acredito que podemos encontrar outro lugar. — comentou ele.

— Por que procurar outro lugar quando temos um ali mesmo? — olhei para o local e voltei a olhar para ele. — Vamos lá, será divertido! — fixamos nossos olhares por alguns segundos.

Ele respirou fundo, voltando a se concentrar na fila de carros que começava a se mover. Fiz uma carinha de súplica. Ele coçou a cabeça, olhando pensativo pelo retrovisor.

— Ok... Não vamos demorar — sorrio satisfeita. Ele estacionou o veículo e, ao sairmos, caminhamos em direção à entrada. Alessandro passou por algumas pessoas na fila, o que me deixou confusa. Puxei seu braço, olhando-o perplexa. Ele olhou para trás, observando minha mão segurando seu braço, e depois encontrou meus olhos.

— O que você está fazendo? — indagou ele.

— Indo em direção à entrada — respondi, um tanto confusa.

— Temos que esperar na fila. — apontei com o dedo para a fila ao lado. Ele seguiu a direção do meu dedo com os olhos, observando as pessoas, e então voltou a me olhar.

— Eu não preciso pegar fila, Grace. Sou um Russell! — ele apontou para si mesmo, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Respirei fundo, olhando ao redor, e voltei a encará-lo.

— Mas essa noite quero que seja apenas Alessandro. — segurei sua mão e o puxei até o final da fila.

***

Ao adentrar, uma melodia eletrônica ecoava pelo ambiente, acompanhada de uma explosão de luzes. Passamos por entre as pessoas animadas, seguindo em direção ao bar. Acomodamo-nos nas banquetas, prontos para desfrutar da noite.

— O que achou do ambiente? — perguntei, apoiando as mãos no balcão. Ele lançou um olhar rápido por cima do ombro, observando atentamente o espaço.

— Tirando o fato de termos levado uma eternidade para entrar, esperava algo mais de acordo com seus gostos, que, aliás, são péssimos. — ele balançou a cabeça negativamente. Comecei a rir. O barman aproximou-se para anotar nossos pedidos. Optei por uma tequila, enquanto Alessandro escolheu um gim.

— Parece que está atraindo olhares, senhor Russell. — comentei, dando um gole em minha bebida. Ele olhou por cima do ombro, percebendo algumas mulheres observando-o. Voltou a encarar sua bebida, um sorriso brincando em seus lábios.

— Não importa quem esteja olhando para mim... — ele me encarou. — A única pessoa que me interessa é você! — arqueou a sobrancelha, sedutor. Sorrio, incapaz de resistir, e o beijei. Minutos depois, uma música que eu gostava começou a tocar.

— Vamos dançar? — propus.

— Dançar? — ele pousou o copo no balcão, umedecendo os lábios. Assenti com a cabeça. — Não sou fã de dançar, como você sabe. Além disso, não estou acostumado com esse tipo de música. — observou o ambiente ao redor.

O Tubarão de Terno [Em breve atualizações]Onde histórias criam vida. Descubra agora