Ele me olhou por um breve instante, um sorriso iluminando seu rosto. Depois, seus olhos voltaram-se para a estrada enquanto continuávamos a viagem. Eu sorri, observando a cidade passar pela janela do carro. Em um momento, ele parou atrás de alguns veículos, esperando o semáforo abrir. Meus olhos se fixaram em uma casa noturna agitada, com uma fila de pessoas ansiosas para entrar. Uma ideia surgiu em minha mente, e eu o encarei, notando que ele estava se observando no espelho retrovisor, procurando imperfeições.
— Senhor perfeccionista, o que acha de dançarmos? — propus.
Ele desviou o olhar do espelho e me encarou, surpreso. Apontei para o local através da janela do carro. Ele esticou o pescoço para observar o lugar e fez uma expressão de desaprovação.
— Acredito que podemos encontrar outro lugar. — comentou ele.
— Por que procurar outro lugar quando temos um ali mesmo? — olhei para o local e voltei a olhar para ele. — Vamos lá, será divertido! — fixamos nossos olhares por alguns segundos.
Ele respirou fundo, voltando a se concentrar na fila de carros que começava a se mover. Fiz uma carinha de súplica. Ele coçou a cabeça, olhando pensativo pelo retrovisor.
— Ok... Não vamos demorar — sorrio satisfeita. Ele estacionou o veículo e, ao sairmos, caminhamos em direção à entrada. Alessandro passou por algumas pessoas na fila, o que me deixou confusa. Puxei seu braço, olhando-o perplexa. Ele olhou para trás, observando minha mão segurando seu braço, e depois encontrou meus olhos.
— O que você está fazendo? — indagou ele.
— Indo em direção à entrada — respondi, um tanto confusa.
— Temos que esperar na fila. — apontei com o dedo para a fila ao lado. Ele seguiu a direção do meu dedo com os olhos, observando as pessoas, e então voltou a me olhar.
— Eu não preciso pegar fila, Grace. Sou um Russell! — ele apontou para si mesmo, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Respirei fundo, olhando ao redor, e voltei a encará-lo.
— Mas essa noite quero que seja apenas Alessandro. — segurei sua mão e o puxei até o final da fila.
***
Ao adentrar, uma melodia eletrônica ecoava pelo ambiente, acompanhada de uma explosão de luzes. Passamos por entre as pessoas animadas, seguindo em direção ao bar. Acomodamo-nos nas banquetas, prontos para desfrutar da noite.
— O que achou do ambiente? — perguntei, apoiando as mãos no balcão. Ele lançou um olhar rápido por cima do ombro, observando atentamente o espaço.
— Tirando o fato de termos levado uma eternidade para entrar, esperava algo mais de acordo com seus gostos, que, aliás, são péssimos. — ele balançou a cabeça negativamente. Comecei a rir. O barman aproximou-se para anotar nossos pedidos. Optei por uma tequila, enquanto Alessandro escolheu um gim.
— Parece que está atraindo olhares, senhor Russell. — comentei, dando um gole em minha bebida. Ele olhou por cima do ombro, percebendo algumas mulheres observando-o. Voltou a encarar sua bebida, um sorriso brincando em seus lábios.
— Não importa quem esteja olhando para mim... — ele me encarou. — A única pessoa que me interessa é você! — arqueou a sobrancelha, sedutor. Sorrio, incapaz de resistir, e o beijei. Minutos depois, uma música que eu gostava começou a tocar.
— Vamos dançar? — propus.
— Dançar? — ele pousou o copo no balcão, umedecendo os lábios. Assenti com a cabeça. — Não sou fã de dançar, como você sabe. Além disso, não estou acostumado com esse tipo de música. — observou o ambiente ao redor.
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O Tubarão de Terno [Em breve atualizações]
RomanceEmbarque em uma cativante jornada nas páginas deste livro, mergulhando na história de Helena Grace, uma jovem determinada que almeja construir uma carreira de sucesso em Seattle. Ao conquistar um emprego como assistente pessoal na renomada "Engineer...