Capítulo 40

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— Como você ousa proferir tais palavras e sair assim, sem me dar chance de me defender ou expressar qualquer coisa? — ele diz indignado, aproximando-se de mim.

— Eu não quero conversar com você. — digo, afastando-me dele.

— Você não tem escolha. — ele caminha em minha direção, diminuindo nossa distância. Desatenta, acabo tropeçando e caindo no sofá.

— Ahh!

Desesperadamente, agarro a lapela do seu terno para evitar cair completamente, mas acabo puxando-o e ambos caímos juntos. Abro os olhos, fitando-o estupefata. Ele me encara com seus olhos cinzentos cativantes, enquanto piscamos algumas vezes. Empurro-o para o lado, fazendo-o cair no tapete, e me levanto rapidamente.

— O que você realmente quer? Deixar-me ainda mais enlouquecida do que já estou? — digo com raiva. Ele se levanta, alisando sua roupa.

— Em primeiro lugar, que loucura foi essa de sair debaixo da chuva? Quer acabar ficando doente? E em segundo lugar... não estou envolvido com mais ninguém, porque estou apaixonado por você. — fitando-o, surpresa, meus olhos se arregalam. — Não consigo parar de pensar em você, Grace. Sinto muito por tudo o que você passou. Nunca foi minha intenção magoá-la. É que... tudo isso é novo para mim, esses sentimentos. Mas a única coisa da qual tenho certeza é que quero você. Não apenas como minha assistente. — encaro-o chocada. O que ele está dizendo? De repente, agarro uma almofada e jogo em seu rosto.

— Como você tem a audácia de vir à minha casa com essa cara-de-pau e me dizer essas coisas? — lanço outra almofada. Ele se protege e avança em minha direção.

— Grace... — me afasto, passando para o outro lado do sofá.

— Se as mulheres soubessem quem você realmente é, nunca iriam querer estar com você! — pego um dos brinquedos da Lady e jogo em sua direção, ele tenta desviar enquanto avança. Eu contorno rapidamente.

— Grace, venha aqui!

— Eu quero que você saia da minha casa agora! — pego um dos meus sapatos e o lanço em sua direção.

Ao me abaixar para pegar o outro par e lançá-lo em seu rosto, ele corre e me alcança. Levanto-me, pronta para jogar o sapato, mas ele segura meu pulso, impedindo-me.

— Solte! — ele diz, franzindo a testa.

— Não. — bufando, tento me soltar dele. Ele agarra o sapato em minhas mãos e o joga no chão. Em seguida, segura meus braços.

— Você está ficando louca?

— Sim, eu estou! — liberto-me dele. — Você me fez ficar assim. — ele segura minha mão e a coloca em seu peito. Meus olhos se contraem.

TUM, TUM... TUM, TUM...

— Esse sou eu. — sinto seu coração pulsando. Ele me encara intensamente, enquanto eu engulo em seco. — Eu não sou esse monstro que você pensa que sou.

— Alessandro... — sussurro seu nome.

Ele puxa meu braço, aproximando nossos corpos. Seus dedos se enterram embaixo da minha nuca. Fecho os olhos, sentindo um arrepio percorrer todo o meu corpo. Apoio as mãos em seu peito.

— Eu não consigo acreditar... Não depois de tudo o que vi. — digo. Ele me olha, alternando seu olhar entre meus olhos e minha boca.

— Entregue-se a mim esta noite, e eu provarei o quanto eu te desejo, o quanto eu te quero apenas para mim. — encaro seus olhos e sua boca.

O Tubarão de Terno [Em breve atualizações]Onde histórias criam vida. Descubra agora