Capítulo 20

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Alguns dias se passaram e eu evitei Alessandro Russell. A maioria das tarefas que ele me atribuía, eu delegava para Megan. Alessandro é apenas meu chefe, nada mais que isso. Não sou mais uma adolescente que sucumbe aos encantos de um homem bonito. Hoje, após um longo dia de trabalho, eu e Emily, decidimos ir ao bar Belmont. O Belmont é um lugar especial, um local que abrange diversas experiências agradáveis. É uma loja de bebidas, um bar e uma sala de degustação de queijos e carnes, com outros pratos pequenos, como almôndegas e ovos. É possível participar de um clube do livro na longa e alta mesa comunitária, levar um encontro romântico e aproveitar o pátio ao ar livre, ou simplesmente encontrar alguns amigos depois do trabalho, sentar no sofá e desfrutar de um rosé gelado durante a primavera e o verão!

— Humm... isso aqui é maravilhoso! — Emily exclama enquanto suga o líquido pelo canudo.

Eu balanço a cabeça concordando, saboreando a bebida. Começamos a conversar. Era necessário um tempo com amigas, já que muitas vezes não tenho tempo para nada além de lidar com meu chefe. Emily começa a falar sobre sua vida pessoal e como sua vida amorosa está tão tumultuada quanto a minha.

— Até que aqueles dois são bonitos, não acha? — Emily comenta, indicando com o queixo a direção de dois homens que estão conversando. Eu os observo por alguns segundos.

— Eu não me interesso por tipos assim. — Digo, deslizando minhas mãos entre as pernas enquanto bebo meu drink.

— Tipos assim? — Ela pergunta curiosa.

— Sim. Os Workaholics. Aqueles que se aproveitam de você por uma noite. — Respondo, olhando para o meu copo. Ultimamente, Alessandro tem invadido minha mente de tal forma que tenho medo de me envolver com alguém e acabar falando algo bobo.

— Algo me diz que isso vem da experiência de vida. — Ela comenta.

— Digamos que nossa vida amorosa está no mesmo patamar, mas de um jeito mais melancólico. — Comento. Ela começa a rir.

— Bem, eu nem queria perguntar isso na frente da nova assistente, mas... — Emily mexe o canudo em seu copo. — Como está você e Alessandro?

— Por que trazer esse assunto de repente?

— Bom, você trabalhou para ele nos últimos sete anos. Acredito que seja uma pergunta normal para uma funcionária tão prestigiada por seu chefe.

— Ele não reagiu muito bem. — olho pela janela de vidro, observando as pessoas lá fora. — Mas ele não teve escolha. — dou de ombros.

— Ah, posso imaginar. Tantos anos trabalhando com alguém em quem confiava. Deve ter sido um choque sair assim. Na verdade, todos na empresa ficaram surpresos. — ela comenta, bebendo seu drink.

— Bem, mas chega de falar sobre trabalho. — comento, sorrindo. — Por que você não me conta sobre as "aventuras de Emily"? — pergunto, em tom divertido.

Ela levanta o dedo indicador, pedindo um momento enquanto bebe seu drink. Emily começa a contar suas aventuras, muitas vezes engraçadas. É melhor ouvi-la falar sobre homens do que eu mencionar qualquer coisa sobre meu chefe.

Minutos se passaram, e nos despedimos antes de seguirmos nosso caminho. Optei por ir caminhando para casa, permitindo que minha mente vagasse e refletisse sobre as palavras da minha irmã. Minha mão se dirige instintivamente ao colar que Alessandro me deu. Será que tomei a decisão certa? Às vezes, me pego pensando se agi precipitadamente, enquanto em outros momentos acredito ter feito o que era correto. De repente, o som da notificação do meu celular ecoa na bolsa. Aproveitando o sinal de pedestres ainda fechado, abro a bolsa e pego o celular. Ajusto a alça no meu ombro e desbloqueio a tela.

O Tubarão de Terno [Em breve atualizações]Onde histórias criam vida. Descubra agora