O Tubarão de Terno [Em breve atualizações]

Capítulo 38

DIAS DEPOIS...

O dia do casamento pode ser uma ideia assustadora e tranquilizadora ao mesmo tempo. É uma responsabilidade grande! E a pergunta que não quer calar é: "Você aceita esta pessoa como sua companheira para todo o sempre?" Nessa hora, nem é preciso estar diante do altar para sentir o nó na garganta ou o friozinho na barriga. E hoje não seria diferente... Finalmente, depois de algumas semanas planejando seu casamento, minha amiga está prestes a casar. Observo-a enquanto ela se olha em vários ângulos no espelho, com uma mistura de excitação e ansiedade estampada em seu rosto radiante.

— Me ajuda com a calda. — ela pede a uma das meninas que a auxiliam.

Enquanto a observo pelo espelho, não consigo evitar um sentimento de nostalgia. Lembro-me dos dias anteriores, dos momentos compartilhados e das risadas trocadas. A despedida de solteira, com suas histórias engraçadas e momentos de cumplicidade, ecoam em minha mente.

— E então, como foi a despedida de solteira? — pergunto, encarando-a pelo espelho, meus braços cruzados em expectativa.

— Ahh, você não vai acreditar... Contrataram um gogoboy para a festa! — a noiva responde, seus olhos brilhando de excitação.

— E passamos chantilly em sua barriga! — uma das meninas comenta, soltando uma risada divertida.

Enquanto elas compartilham as memórias daquela noite, sinto uma pontada de tristeza. Lembro-me do motivo pelo qual não pude comparecer à despedida de solteira, das minhas próprias razões pessoais que me mantiveram afastada naquele momento tão especial. Tento esconder meus lábios dentro da boca, buscando ocultar a melancolia que começa a se espalhar em meu coração.

— Por que não compareceu? — uma delas pergunta, curiosa e com um leve tom de reprovação.

— Am... — Minha voz vacila por um momento. Minha mente é inundada pelas lembranças dos momentos compartilhados com Alessandro, das emoções intensas que me atormentaram e me afastaram do convívio social. — Estava ocupada. — respondo, tentando manter a compostura. Ela arqueia uma sobrancelha, talvez suspeitando que há mais por trás da minha resposta lacônica. Volto minha atenção para o reflexo da noiva, que se olha no espelho em diferentes ângulos enquanto a costureira faz os últimos ajustes em seu vestido.

— Gente, está quase na hora. — o cerimonialista avisa, batendo o dedo no relógio de pulso, sinalizando que é hora de nos apressarmos.

A noiva vira-se, seu rosto repleto de expectativa e um toque de nervosismo. Ela pede mais champanhe, em busca de um alívio momentâneo para suas emoções à flor da pele. Uma das meninas leva uma taça até ela, e ela bebe de uma vez, entregando a taça novamente para a moça.

— Ahh, estou tão nervosa! — ela diz, abanando a mão em seu rosto, tentando afastar a ansiedade que ameaça dominá-la.

Observo-a com um misto de admiração e nostalgia. Como é lindo presenciar esse momento, esse instante em que duas pessoas se preparam para unir suas vidas, prometendo amor e fidelidade, em uma das jornadas mais sagradas que o ser humano pode empreender.

— Não se preocupe! Irá correr tudo bem. Hoje é o dia mais especial do seu mundo! — expresso com sinceridade, procurando transmitir a tranquilidade que ela precisa.

Ela sorri, agradecida por minhas palavras de encorajamento. O vestido de noiva, impecável e deslumbrante, envolve-a como um manto de sonhos e esperanças. Enquanto ela se prepara para dar esse passo tão significativo em sua vida, sinto uma onda de emoção me invadir. Estou grata por fazer parte deste momento, por testemunhar a coisa mais sagrada que duas pessoas podem fazer pelo outro: entregar seus corações e suas vidas, comprometendo-se a trilhar juntas o caminho do amor e da felicidade.