O Tubarão de Terno [Em breve atualizações]

Capítulo 60

DIAS  DEPOIS...

— Teoria das cores são os estudos e experimentos relacionados com a associação entre a luz e a natureza das cores. Leonardo Da Vinci, Isaac Newton, Goethe e outros estudiosos inicialmente buscavam saber como acontecia o processo de formação das cores. — o professor explica enquanto anoto. — Com o passar do tempo a teoria se tornou mais extensa e hoje compreende vários campos de observação a respeito das cores. Os estudos incluem desde a compreensão sobre o que são as cores, como elas se formam, como acontece a interpretação da visão e do cérebro até os usos, na prática, e as melhores formas de aplicação.

Anoto tudo o que acredito ser importante. Fico surpresa pela complexionalidade do que a arte pode ser. Minutos depois a aula acaba e volto para casa. Assim que chego em casa, sou recebida pelas lindas patinhas da minha cachorrinha em minhas pernas. Faço-lhe carinho. Deito no sofá e acesso minhas redes sociais. Deslizo o dedo pela tela vendo várias fotos, vídeos, gifs e memes. Começo a rir vendo alguns conteúdos engraçados.

Enquanto deslizava o dedo pela tela noto uma foto de Emily, Adam e outros funcionários da empresa Russell em uma selfie. Sorrio e curto a foto com um comentário dizendo:"saudades". Acesso minhas fotos e desço até minha galeria. Passo algumas fotos minhas, da Lady, com minha com meus pais. Até que, finalmente clico em uma imagem onde havia uma foto em grupo, minha e dos meus colegas na confraternização anual da empresa. 

Sorrio e passo o dedo na tela. Lembro-me a cada mais ou menos 15 dias eu fazia algum lanche para levar para eles e eles amavam! De repente, tenho uma ideia. Vou até à cozinha e resolvo preparar alguns cookies com gotas de chocolate. Deixo meu celular na bancada e acesso um site de receitas. Pego os ingredientes deixando em cima da bancada e começo a fazer os biscoitos. Minutos depois, os cookies ficam prontos. Troco de roupa os guardo em uma vasilha e vou até à empresa Russell. Essa será a primeira vez que venho após ter saído da empesa.

(...)

Uma sensação conhecida de quem retorna a um local que um dia fora tão familiar. As portas se abriram no térreo, e eu me deparei novamente com o átrio movimentado da empresa. Sorrio para o segurança, que retribuiu o cumprimento com um aceno amigável.

Percorri o caminho até a recepção com um misto de nostalgia e determinação. Ali estava eu, de volta àquele espaço que um dia fora meu lar profissional. A recepcionista me olhou surpresa e seu sorriso luminoso iluminou a sala.

— Helena! Quanto tempo. — nossos sorrisos se encontraram em uma sincronia de afeto. — O que traz sua visita aqui?

— Vim trazer um mimo para meus colegas. — levantei a sacola, ansiosa para revelar minha surpresa. — Será que poderia me liberar? Quero fazer uma surpresa para eles.

Ela me estudou por um instante antes de conceder um aceno. No entanto, não sem antes satisfazer sua curiosidade:

— Posso. Mas só após você dizer o que é isso.

— Cookies com gotas de chocolate. — Respondi, vendo seus olhos brilharem. — Pelo jeito você quer um.

Coloquei a sacola sobre a bancada e retirei a vasilha com cuidado. Os cookies estavam ali, pequenas obras-primas de sabor. Ela pegou um deles e eu fechei a vasilha, guardando novamente na sacola.

— Hummm! — ela mastigou, olhando para os outros cookies com uma expressão de puro deleite. — Está muito gostoso! Você que fez?

— A própria. — sorrio com orgulho. Helena pressionou o botão que liberava as catracas, e agradeci.

Continuei meu caminho em direção ao elevador. As portas se abriram, e cumprimentei as pessoas que estavam ali. Pressionei o botão que me levaria até o andar desejado, um misto de sentimentos pulsando em meu peito.