Capítulo 77

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Capítulo 77

Gretta

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   O mesmo tanto de porcento que meu subconsciente gosta de ver Gregory preocupado com meu bem estar, é o tanto que ele me irrita. Digo, você não gostar de comer demais não é um problema, certo? Milhares de acadêmicos mal comem por conta da grade de horários de seus currículos... Uma ex-líder de torcida tentar fazer a mesma coisa não é o fim do mundo. E quando aceito a bebida oferecida por Grover; Gregory tenta se meter argumentando contra a minha sede? Confesso que nesse momento o porcento que me irrita vence o que gosta.

— Sou grandinha Gregory, sei o que posso e não aguentar — o respondo séria por realmente não querer e não aceitar que ele me diga o que fazer ou deixar de fazer.

Olhando nos olhos verdes do moreno, pego a garrafa de cerveja esverdeada e como se fosse desafia-lo desta forma; viro o líquido na boca. O gosto amargo é um tanto quanto diferente da cerveja barata que bebemos lá no campus, mas não deixa de ser em certo ponto ruim. No entanto, não faço careta. Viu essa Gregory? Consigo tomar líquidos! Grover ri e vai até a bolsa térmica que trouxe há poucos minutos para cá, voltando a nos deixar "sozinhos" na espreguiçadeira embaixo do sol.

— Melhor nos molharmos um pouco, vai se queimar toda se ficar muito tempo aqui parada — Gregory mil vezes mais sério comenta um "fato" e eu apenas continuo bebendo da bebida em minha mão.

Seja o gosto que for... Minha garganta e minha língua estão agradecendo em reverência por conta que as duas estavam extremamente secas, principalmente porque antes de Grover aparecer e modificar um pouco o clima; minha língua brincava com a de Gregory.

— Quero pegar mais uma marquinha — o informo voltando a exterminar a bebida em minhas mãos e o moreno respira fundo se levantando.

O ignoro e de tempos em tempos me viro, como quando estamos fritando algo na frigideira... Talvez hambúrgueres? Afinal não tem como uma parte ficar "douradinha" e a outra não, né? Me viro de barriga para a espreguiçadeira e deito meu rosto sobre meus braços, fechando os olhos. Depois de uns instantes em plena paz, com apenas o barulho do mar e algumas vozes ao longe, escuto a espreguiçadeira que estou ranger. Minhas sobrancelhas se unem e no segundo seguinte estou sentindo um corpo se deitar sobre o meu. Cada músculo de Gregory se faz presente sobre meu corpo e por mais que eu esteja brevemente brava com ele; não consigo não rir ao olhá-lo sobre os ombros e vê-lo beijar meu ombro.

— Você já tá bem marcada, Gata — seu corpo se move pouca coisa contra o meu, o mesmo mordisca seu lábio inferior e o soltando logo em seguida.

— Estou? — pergunto em uma voz baixa, para 1) meu ego se inflar mais e 2) não correr o risco de ninguém nos escutar.

— Demais — sua resposta vêm acompanhada de uma mordida no nódulo da minha orelha.

Com essa mordidinha acabo rindo e mexo meu corpo contra o dele, o fazendo levantar poucos centímetros, porém o suficiente para que eu me vire na espreguiçadeira, ficando de frente para os olhos verdes mais lindo que já vi. Gregory volta a abaixar seu corpo até nossos quadris estarem grudados e quando sinto uma protuberância entre minhas pernas, tenho que me esforçar ao máximo para não rir. Quem diria que o principezinho de Uepplen ficaria excitado apenas com uma conversa boba. Subo minhas mãos para o pescoço assim como o restante do seu corpo; quente e puxo seu rosto para mais próximo do meu. Nossos lábios se raspam por uma fração de segundos.

— Que bom e você está bem, bem, bem mesmo... — pronuncio cada palavra em um sussurro provocante, o olhando nos olhos — Pesado — assim que o novo sussurro deixa meus lábios, Gregory faz uma careta tão extraordinária e engraçada, quase como se ele tivesse escutado aquilo pela primeira vez, o que me faz começar a rir.

Talvez NamoradosOnde histórias criam vida. Descubra agora