Capítulo 68

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Capítulo 68

Gregory

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   Escutar Gretta massacrando as notas de músicas como; 'More You Know' canção da dupla Axwell Λ Ingrosso, ora com a boca cheia de marshmallows, ora vazia é definidamente a melhor parte dessa viajem. A observar tão solta, tão despreocupada, tão... Ela, é quase como ganhar na loteria. A única diferença é que nenhum dinheiro do mundo, vale o sorriso em seu rosto, enquanto mexe seus ombros de um lado para o outro ao som da batida da música. Gretta me percebe a observando e coloca um punhado de marshmallows na boca, tal como crianças fazem. Ao afastar sua mão e revelar suas bochechas redondas cheias de doces, acabo rindo e cara... Ela é tão única. Não imagino nenhuma outra garota que teria coragem de fazer isso na minha frente.

— Bom saber que consegue colocar tudo isso na boca, aí não vai ter problema em colocar outra coisa — sorriu de lado pronunciando minha provocação e como imaginei Gretta não a entende de primeira.

A loira mexe um pouco sua boca, fazendo as bolas em suas bochechas ficarem mais engraçadas e como se alguém houvesse estalado os dedos à frente de seus olhos; Gretta os arregala e uma mistura de gargalhadas com engasgos acontecem. Juro que tento ajudá-la, mas suas mãos afastam as minhas, enquanto alguns marshmallows babados caem de sua boca diretamente em seu colo e no banco.

— Seu idiota! — pronuncia tentando parecer séria, mas falha miseravelmente, principalmente quando tenta limpar o fio de baba no canto da sua boca.

Sorriu memorizando essa cena.

Gretta é uma grande bonequinha e eu sou um grande bebê, que ama brinquedos. Principalmente os seus. Os barulhos de buzinas vindo dos carros atrás do nosso, me fazem voltar a atenção para a estrada e percebo que o semáforo já está no verde. Nunca havia acontecido isso antes. Posso ser irresponsável em diversas coisas... Direção não é uma delas. Toco com o carro e meu humor modificado pelas buzinas, melhora quando entro em uma rua e já consigo ver as ondas ao longe.

  Lar doce, não-lar.

         Estaciono o carro à frente de uma casa qualquer, no bairro onde eles moram e mesmo daqui é possível ver a casa nada pequena onde cresci. O barulho que vem do mar me recorda as vezes em que eu saia e afundava meus pés na areia molhada, apenas para me acalmar um pouco. Uma das únicas vantagens de se morar em frente ao mar é essa brisa que te acalma instantemente. No entanto, agora, nem o cheiro, som e energia da água, consegue afastar o incômodo que corre meu corpo. As lembranças dos péssimos anos em que passei preso naquela droga de casa começam a me cegar e antes que eu desse chance daquilo virar meu humor, meu olhar cai em Gretta, quando a loira pousa sua mão sobre minha coxa.

— Eii, não faz essa cara, vai ser... Hum? Legal? Bacana? Tubular total? — a cada tentativa da loira em me animar, sua caretinha ficava ainda mais fofa o que me fez sorri brevemente — Eu vou estar com você o tempo todo, ok? — Gretta promete e questiona, erguendo uma de suas sobrancelhas.

Meu olhar cai em sua mão na minha coxa a apertando de leve e concordo com a cabeça, voltando a olhá-la nos olhos lentamente.

— Não houve trânsito... — comento e minha mão vai até a trava do seu cinto — Então significa que chegamos mais cedo do que era pra termos chego — solto a faixa preta de proteção e os olhos de Gretta caem no seu cinto solto, antes de subirem para os meus novamente com um sorrisinho no rosto — E que também temos alguns minutos — agora é a minha mão que cobre a sua coxa e a escorrego, até o meio das suas pernas, a dando um aperto.

Talvez NamoradosOnde histórias criam vida. Descubra agora