Capítulo 66

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                                  Capítulo 66

                                     Gregory

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Coloco todo meu peso em cima dela.

— Vai! Vai! Isso! — a voz da furacão loiro soa me estimulando.

        Faço força e Gretta choraminga. Respiro fundo e a solto, me afastando para limpar o suor em minha testa. Por que raios Gretta está levando tudo isso dentro de uma mala? Lanço meu olhar na direção da loira, que encara a mala que estamos tentando fechar a alguns minutos.

— Hum — tiro minha jaqueta pois cheguei a ficar com calor — Precisa levar isso tudo mesmo? — pergunto e como suspeitava; recebo um olhar mortífero da furacão loiro.

— Óbvio! Vocês são todos homens lá... Não vai ter quem eu pedir, não sei, um shorts emprestado ou um secador de cabelo — seu argumento ao mesmo tempo que é válido, não é pois minha mãe não tem um pau entre as pernas — Nós vamos conseguir fechar — a observo subir em cima do colchão, onde sua mala estava.

      Gretta estende sua mão em minha direção e sem questiona-la as seguro, a ajudando se sentar em cima da mala. Seria uma ótima ideia, caso Gretta não tivesse enfiado o mundo inteiro dentro da bolsa mediana. Quando cheguei nesse quarto o chão próximo a sua cama mal se enxergava, por conta dos seus pertences e como se a mala dela fosse a mala de Newt Scamander, Gretta guardou tudo. Tudo mesmo, até dois pares de meias? Quem pensa em levar meias para praia? Fora as três toalhas que a vi colocar próximas a suas peças de roupas. Ela não pode achar mesmo que não temos tolhas em uma casa de praia, pode?

— Vai! Vai! Fecha isso logo! — Gretta da dois tapas em meu braço, me apressando e levo minhas mãos até o zíper da mala.

   Em até certo ponto, o plano de se sentar sobre a mala para fechá-la da certo, porém chegando na metade do contorno; o zíper trava. Gretta insiste para que eu continue o puxando e sei que não traguei nada hoje, porém juro que consigo ouvir o zíper pedindo socorro.

— Não rola, você vai ter que tirar pelo menos as toalhas daí de dentro — paro de sacrificar o pobre zíper e os olhos de Gretta me fuzilam, no mesmo instante que consigo ouvir um; "obrigado, Gibson" vindo do meu novo amigo de metal.

— Eu não posso ir para uma praia e não levar toalha — Gretta faz uma careta e eu concordo com a cabeça.

— Uma toalha no singular, até da pra aceitar você querer levar, mas três? — ironicamente me lembro de uma conversa parecida que tivemos na fraternidade e pela feição no rosto dela, sei que a loira não vai abandonar nenhuma das toalhas protegidas pela mamãe-Gretta-ursa.

— Juh! Vem cá — Gretta me ignora e olha na direção onde sua amiga estava com a cara dentro de um livro.

     Julie resmunga algo como; "o que eu fiz para merecer isso?", antes de se levantar e vir até a gente como um zumbi arrastando os pés. A amiga de Gretta faz o que a loira pede e sobe na cama, se sentando junto dela sobre a mala também. Automaticamente a abertura se fecha e Gretta ao olhar para o meio das suas pernas; abre um sorriso.

— Isso! Vai! — seus olhos azuis miram os meus e rindo com o nariz nego de leve com a cabeça.

      Se há pessoa mais insistente que essa garota, desconheço. No fim, com o peso adicional da amiga de Gretta, a mala é fechada, porém tenho a sensação de que a qualquer segundo, ela irá explodir e voará calcinhas e sutiãs aos quatro ventos.

— Sabia que fecharia — Gretta se glorifica descendo da mala e me manda uma piscadela vitoriosa.

— É... É... Agora peguem essas bundas e saiam daqui de uma vez — Julie desce da mala e resmunga indo até sua cama novamente.

Talvez NamoradosOnde histórias criam vida. Descubra agora