Capítulo 30

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                                 Capítulo 30

                                      Gregory

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Já passa da meia noite quando escuto a porta de entrada da casa se abrir. Minha atenção cai nos fios loiros de Gretta espalhados sobre minha perna, que em algum momento do filme a loira a fez de travesseiro. Quando terminamos de comer o lanche, Gretta resolveu se deitar para finalizar o filme, porém como nosso sofá não tem almofadas, ela as substituiu por minhas pernas. De primeira? Porra achei maravilhoso, mas logo em seguida, conforme ela ia comentar sobre as cenas do filme e virava seu rosto para o meu entrar no seu campo de visão... Ahh cara, isso complicou. Na verdade complicou mil vezes mais quando ela começava a rir, porque como se eu fosse a droga de um adolescente; meu pau reagia a cada reação dela. Teve um certo momento em que tive que apoiar minha mão sobre o mesmo, para que ela não percebesse. Meu sufoco "acabou" quando a loira pegou no sono no começo do segundo filme escolhido por ela mesma. Por alguma razão o filme deixou de ser interessante sem seus comentários ou críticas, então desde que ela dormiu até agora; fiquei só a observando dormir, e a sua babinha escorrendo é de longe uma das coisas mais fofas que já vi na vida. Em um certo momento até levei minha mão até seu rosto, mas fiquei com receio dela acordar então a devolvi para o sofá.

— Ihhhh foi mal, to atrapalhando algo? — a voz chapada de Nate invade o cômodo escuro e eu transfiro minha atenção para o mesmo.

— Fala baixo, ela está dormindo — o aviso sussurrando e alcanço o controle da tv; pausando o filme, que sequer assisti.

— É a tua garota? — Nate pergunta tentando distinguir o rosto de Gretta na escuridão da sala.

— Shhh, droga! — rosno baixo em boa parte para que Gretta não escute seu apelido famoso nessa casa.
— Sabia que a Eva tinha razão — Nate parece tirar sarro da minha cara, porém não capturo a piada.

— Razão? — o questiono erguendo uma das minhas sobrancelhas.

— É, vocês dois... — Nate aponta e suspira claramente chateado — Não tive tanta sorte, sai com a garota da equipe de líderes de torcida hoje e descobri que nada vai acontecer entre a gente, sem ser amizade — seu tom de voz aponta sua tristeza.

— Como assim? — não deixo de rir baixinho — Ela não curte cabelos com chapinha? — o provoco, pois Nate já está roxo de tanto falar para as pessoas que seu cabelo é escorrido de natureza e ele não faz chapinha.

— Não — o cara dá a volta na sala e desmorona na poltrona velha próxima a estante de livros que ninguém nunca lê — Ela é lésbica — sua revelação me faz erguer as sobrancelhas.

— Que mal — Nate está a procura de uma "Eva" faz tempo já... — Espera, se ela é lésbica, o que ficaram fazendo até agora? — uno de leve minhas sobrancelhas e meu inconsciente me diz que estou sendo babaca igual ao Thomas quando inicia suas perguntas de irmão mais velho.

— Vimos dois filmes, depois fomos a praça de alimentação no centro da cidade e no fim assistimos uma apresentação de dança ou algo do tipo, onde eu descobri que ela não curtia homens — Nate fala sem pressa e não sei se rio ou o consolo.

— Isso que chamo de encontro ruim — decido ficar com o meio termo.

— Não, não foi ruim, ela é legal — Nate encosta suas costas na poltrona — Continuaremos amigos — consigo respondê-lo apenas com um; "hum" e minha atenção cai em Gretta, que se mexe brevemente — Só está vocês em casa? — sua pergunta captura minha atenção novamente e concordo com a cabeça — Certo vou subir então, qualquer coisa; não me chame — sorriu de lado com sua brincadeira e Nate se levanta, abandonando a sala.

Talvez NamoradosOnde histórias criam vida. Descubra agora