Capítulo 37

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Capítulo 37

Gretta

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É estranho, mas me sinto diferente. Sei que é impossível, não é como se uma placa escrita; "não é mais virgem" estivesse com luzes na minha testa, porém sinto como se agora todos soubessem de alguma forma, sobre o que fizemos aqui. Gregory foi incrível, Grr odeio admitir isso, mas o idiota é tudo oque já escutei e ainda mais, na cama. Ele foi tão gentil e ao mesmo tempo tão fogoso, que só de pensar no que fizemos, sinto um frio no pé da barriga, mesmo eu me sentindo levemente dolorida, o que eu acho que seja por causa da primeira vez. Devo estar louca, pirada, primeiro por ter ido para a cama com o cara que já pegou praticamente o campus todo e em segundo por realmente achar que as pessoas vão notar alguma diferença.

        A porta do quarto de Gregory se abre e me apresso para cobrir meus seios ainda nus, assim como o restante do meu corpo. O moreno me envia seu sorriso de covinhas, aquele que faz qualquer um perder a sanidade e vem para a cama, com o saco marrom do lanche que acabamos de pedir em mãos. Confesso que quando ele avisou que desceria para pegar o nosso pedido e vestiu apenas sua cueca, fiquei levemente incomodada, mas ai lembrei que essa fraternidade só tem homens então... Cuecas devem ser normais.

— Tem certeza que está bem né? — essa pergunta vem até meus ouvidos pela oitava vez em menos de 2 horas.

        Reviro os olhos e puxo o saco, aonde nosso hambúrguer estava, das suas mãos e Gregory ri. O cobertor cai revelando meus seios novamente e luto para não agir na defensiva e me cobrir até os olhos. Gregory se ajeita na cama e pega o controle ligando a tv do seu quarto. Retiro o nada pequeno hambúrguer, que concordamos em dividir — mesmo Gregory insistindo que eu poderia pedir um só para mim — e meu estômago ronca. Aparentemente alto já que a atenção de Gregory se volta no mesmo segundo para mim.

— Gretta? — o moreno pronuncia meu nome e como sempre; eu o olho nos olhos, porquê por algum motivo gosto de olhá-lo nos olhos, me tranquiliza — Você está comendo direito? — sua pergunta soa séria e eu reviro os olhos rindo.

— Sim, você já perguntou isso antes — volto minha atenção para a tv e subo o hambúrguer até meus lábios, o dando uma mordia.

        Céus, capricharam no cheddar. Sinto o queijo escorrer nos cantos dos meus lábios e por alguma razão, me pergunto o que Fiona falaria se me visse nesse exato momento; nua, na cama de um jogador, comendo pura gordura trans e com os cantos dos lábios totalmente sujos.

— No que está pensando? — Gregory me tira dos meus próprios pensamentos e meus olhos pousam novamente nos seus.

— Em como farei a coreografia para semana que vem — minto, porém nem tanto, já que esse "problema" está martelando na minha cabeça 24 horas por dia.

        Os olhos de Gregory caem nos meus lábios sujos de Cheddar e ele adota um sorriso, que quase me faz soltar um gemidinho de tão lindo. O cara não contente, sobe uma mão até meu rosto e o puxa para perto do seu. Gregory suga meu lábio inferior antes de lambe-lo de uma forma sensual. Acabo rindo contra sua boca e o sinto sorrir também. É algo tão simples porém, Grr, me pego pensando se poderíamos fazer isso todo santo dia.

— Não se cobre tanto — Gregory pronuncia as palavras e me esforço para lembrar do que estamos falando — Você vai conseguir e de mais a mais, já te salvei com as músicas — o cara se glorifica e eu reviro os olhos, o empurrando com o ombro.

— Você se acha demais — mordo outro pedaço do hambúrguer e Gregory me observa sorrindo.

        O ofereço o lanche e ele com toda sua áurea folgada se inclina e morde o hambúrguer ainda na minha mão. Minha atenção se volta ao mesmo e não consigo não revirar os olhos novamente. Começamos a discutirmos sobre qual filme veríamos enquanto devoraríamos o hambúrguer, ficando entre apenas dois; "What Happened to Monday?" e "The Hunger Games". No fim acabamos por selecionar "The Hunger Games" e apesar de ter quase absoluta certeza de que já vi esse filme, digo que está tudo bem. Se ficássemos enrolando demais o relógio marcaria 2am e ainda estaríamos procurando por algum longa interessante. Após devorarmos o lanche me deito e puxo o edredom para cima de mim, até cobrir meus seios. Não é como se eu fosse ficar super confortável em continuar nua na frente de Gregory, só pelo fato de termos compartilhado prazeres... Droga, aconteceu mesmo. Aposto que se Julie estivesse aqui, ela iria fazer algum tipo de piada sobre o céu cair e o chão se abrir em larva pelo fato que Dãaa, eu e Gregory Gibson transamos. Respiro fundo discretamente ao perceber que é estranho pensar assim.

       Pareceu tão natural, como se fossemos moldado um no outro, tirando a parte do seu pênis. Aquilo não é moldado para nenhuma vagina, céus. Mas de fora, tudo pareceu estranhamente perfeito. Foi como se tivéssemos esquecido de todas e quaisquer diferenças que temos e como Julie diz; "não são poucas". Sinto uma mão pousar na minha barriga e me obrigo a parar de pensar no sexo, ou devo dizer na dinâmica? Os dedos de Gregory trilham um rastro de carinho em minha pele e quando meus olhos pousam no seu rosto, ele permanece fingindo prestar atenção no filme. Acabo rindo brevemente com o nariz e faço o mesmo, voltando minha atenção ao filme, que pelo rosto da protagonista é sim... Já vi. Um arrepio percorre por todo meu corpo, quando a sua mão escorrega ainda mais para baixo. Enquanto seu polegar acariciava o pé da minha barriga, seus demais dedos já me provocavam me estimulando e drogaaaa! O cara sabe o que faz. Mordo meu lábio inferior e começo a sentir a eletricidade ser ligada em cada ponto do meu corpo. Gregory inicia uma massagem no meu clitóris e deixo escapar um gemido baixinho.

— Gata? — sua pergunta soa baixa e meus olhos automaticamente se voltam para os dele, que estão com aquele tom egocêntrico e sexy ao mesmo tempo. Droga — Tudo bem? — Grr sua pergunta me tira do sério e por mais que a tensão sexual no meio das minhas pernas crescia a cada estimulação dele, consigo revirar os olhos antes de fecha-los.

        Céus... Gregory afasta sua mão de repente, o que me faz abrir os olhos soltando um gemidinho em protesto. O cara ri e tira o edredom de cima de mim. Junto minhas sobrancelhas e antes que pudesse perguntar; "que merda ele estava fazendo?'', Gregory segura nas minhas mãos e me guia para me sentar no seu colo. Ignoro todos os avisos que me mandavam ir com calma. A verdade é que com ele, nunca nada é calmo. O que não é ruim, já que nunca gostei de garoas, as tempestades sempre tiveram minha atenção por completo. Gregory se ajeita na cama se sentando e corre seu olhar, sem pressa ou descrição em meus seios. Suas mãos deixam das minhas e ele começa a esfregar seu polegar no meu mamilo. Sinto micro-choques explodirem por cada ponto do meu corpo. Me ajeito no seu colo e consequentemente, seu membro começa a ganhar vida. Mordisco o lábio inferior e seguro seu rosto, me inclinando para beija-lo. Gregory me beija na mesma calma e suas mãos continuam a provocar meus seios. Céus nunca pensei que alguém conseguia proporcionar tanta tesão assim em outra pessoa, apenas brincando com seu peito. Os polegares de Gregory param de apenas acariciar meus mamilos e começam a belisca-los. Droga. Solto um gemido abafado contra seus lábios e ele ri. Risada essa que me envia vibrações, lá pra baixo. Sinto seu membro se prensar contra minha bunda e sem querer prolongar essa provocação, solto uma de minhas mãos de seu rosto e a desço até seu sexo. Mesmo sem descolarmos as bocas o sinto respirar fundo. Será que eu lhe causo o mesmo efeito? Impossível, não sou nem um pouco profissional nisso. Acaricio sua extensão e quando a retiro da cueca, levantando o quadril; Gregory é rápido em segurar minha cintura me paralisando no ar. Nosso beijo perde a força até se encerrar, porém nossos rostos permanecem à centímetros um do outro.

— A camisinha, Gata — sua voz soa rouca e sexy pra caramba.

        Droga. Pisco algumas vezes e concordo com a cabeça, o soltando. Gregory escorrega uma de suas mãos para as minhas costas e se inclina para o lado, abrindo a gavetinha da mini cômoda, ao lado da sua cama. Meus olhos conseguem ver o número de protetores na gaveta e por alguma razão aquilo me faz ficar mal. Pra que ele precisa disso tudo? Grr, você sabe muito bem o porque... Pelo menos ele não faz nada sem pensar racionalmente.

— Quer abrir esse também? — sua pergunta soa acompanhada de um sorriso.

    Respiro fundo e nego de leve com a cabeça. Coloco uma mecha do meu cabelo atrás da orelha tentando esquecer do fato de Gregory ser... Bom, ser o Gregory e o observo levar a embalagem até os dentes. O moreno abre a embalagem com o olhar preso no meu e droga, ele fica sexy até rasgando a embalagem de uma camisinha. Gregory veste o látex e leva ambas as mãos até minha cintura. Me seguro em seus ombros largos e olho para o nosso meio. Gregory abre a boca para fazer a maldita pergunta e eu rosno um; "Estou bem" antes de forçar a cintura para baixo e céus... Definitivamente não deveria ter feito isso. Solto um gemido alto e os lábios de Gregory encontram um de meus seios. Nesse momento não sei mais no que pensar. Não sei nem mesmo meu nome. A única coisa que sei, é que não quero deixar de fazer isso, nunca mais.

Talvez NamoradosOnde histórias criam vida. Descubra agora