Capítulo 53

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Capítulo 53

    Gregory

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Fecho o zíper da minha calça, enquanto observo Gretta arrumar suas mechas loiras, que essa noite estão levemente enroladas e não escorridas como sempre. Mesmo nesse breu, consigo ver o quão linda ela é, e consegue ser, droga chega até doer. Seus olhos sobem para os meus quando a mesma percebe que estou a fitando e Gretta umedece seus lábios sem pressa, antes de olhar para a direção aonde havia luz no estacionamento deserto.   

— Espero que ninguém tenha presenciado isso — um medo toma conta da sua voz.   

— Por que não? Você fica tão linda revirando os olhos de prazer ou gemendo, todos deveriam ver — assim que pronuncio meu elogio a loira volta a me encarar e me dá um empurrão.

— Cala boca! — ela tenta não rir, mas falha miseravelmente.

        Sorriu a observando e um alívio me rodeia em vê-la sorrindo novamente. Alívio esse que logo se vai quando lentamente o sorriso no rosto de Gretta se desfaz.   

— O que houve? — questiono fazendo menção de segurar seu queixo, mas Gretta é rápida em segurar minha mão, antes que eu consiga tocar em seu rosto.   

— Você... Naquele dia... Com a Nillya — cada palavra que deixa os lábios de Gretta, soam como se cada uma delas pesassem 30 quilos.    

— Não teve nada aquele dia — a interrompo apertando de leve sua mão que estava junto a minha — Fui um babaca achando que ficar com qualquer uma iria me fazer te esquecer e... — respiro fundo ao ver o rosto de Gretta se transformar em um que não havia gostado nem um pouco de ter escutado aquilo — Eu não conseguia não te imaginar, sequer consegui beijar ela — confesso e Gretta aos poucos adota uma careta de quem não estava entendendo nada.   

— Por que não? — sua pergunta soa desacreditada e confusa.   

— Porque a única pessoa que consigo beijar, é você — declaro a verdade e Gretta volta com a careta desviando seu olhar do meu.   

— Mas se você não beijou ela... — Gretta se interrompe fechando os olhos e nega várias vezes com a cabeça.   

— Ei, fale comigo — peço acariciando sua mão, ainda grudada a minha com força.    

— Não quero... — seus olhos azuis voltam para os meus — Ficar lembrando o quão idiota fui naquele dia, por sua causa, então é melhor não falarmos — estava nítido no rosto da loira o quanto ela se julgava pelo que fez.

        Ao mesmo tempo que quero sorrir ao me lembrar dela colocando aquela maldita flor em meu pulso, tenho que me manter neutro em relação aquilo, já que muito provavelmente se um sorriso aparecesse entre nós, todo o progresso que tivemos escorreria por água a baixo.   

— Não concordo — quero que ela saiba exatamente o que aconteceu antes da sua aparição repentina — Eu e aquela... — penso melhor nas palavras — Eu e Nillya, não transamos, tentamos nos beijar, mas ela não era você, então não prolonguei o beijo — tento não demonstrar o quão grande é o estrago que Gretta fez na minha rotina, mas acho que falho miseravelmente.   

— Por que então? — sua pergunta surge depois de uns instantes em silêncio.   

— Desculpa, não entendi — a respondo com sinceridade unindo de leve as sobrancelhas, pois realmente não havia entendido sua pergunta.   

— Por que foi atrás dela, se queria me beijar? — Gretta reformula sua pergunta revirando os olhos e solta da minha mão, para se abraçar.

        Ahhh cara, como estava com saudade de ver aquela ironia toda em uma única pessoa.   

Talvez NamoradosOnde histórias criam vida. Descubra agora