Capítulo 26
Gregory
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Ficar de "castigo" em casa, tem lá suas vantagens. Por exemplo, estou tendo a fraternidade toda e completa só para mim. Nem precisei sair do banheiro com toalha enrolada na cintura. Comi meio saco de batatinhas e o melhor de tudo; pude jogar alguns jogos sem ninguém me perturbar. Há gente que diga que essa rotina é de um adolescente na 8° série, bom eu digo que isso é vida de qualquer pessoa. Estou prestes a devorar o que falta do saco de batatinhas, quando meu celular toca e no instante em que vejo no identificador quem era; sorriu comigo mesmo. Esse dia acaba de se tornar um bom dia, já que além de não fazer nada a manhã toda e boa parte da tarde, ainda estou prestes a receber a visita inusitada de Gretta. A ligação estava horrível, as frases da loira saiam cortas e mesmo assim não precisei perguntar duas vezes o que ela queria. Um cara sempre sabe quando uma garota está se convidando para aparecer no seu quarto. Por mais que Gretta não tenha a mesma ideia de "aparecer no seu quarto" que as demais. A campainha ecoa e eu me levanto do último degrau da escada, que dava acesso ao segundo andar dessa casa. Ela demorou. Tanto que pude tomar meu 3° banho só hoje antes da sua chegada. Passo a mão no cabelo e seguro a maçaneta. Junto minhas sobrancelhas e travo meu maxilar para fingir uma aparência séria, então lembro que a garota atrás da porta é Gretta e provavelmente ela iria rir até ano que vem se visse minha careta de mal. Coloco um sorriso no rosto e quase abro a porta, paro no mesmo segundo. Se eu abrir a porta com um sorriso, ou ela vai pensar que sou algum tipo de lunático ou que estava ansioso pela sua chegada. Porra, deixa de ser idiota Gibson, me repreendo e abro a maldita porta, com um leve sorriso no rosto sem revelar meus dentes. Antes mesmo do; "oi, tudo bom?" típico, dado por qualquer pessoa quando chega na casa da outra, uma bolsa grande é jogada em mim. Em reflexo a seguro e junto de leve as sobrancelhas, encarando os olhos azuis à minha frente.
— O que tem aqui? — também pulo a parte do cumprimento, a questionando e a furacão loiro começa a massagear seu ombro direito.
— Alguns uniformes, uma roupa extra, tênis extra, cremes, toalhas, escova de cabelo e meias — Gretta faz uma breve caretinha, conforme me respondia.
— Espera, você disse toalhas? No plural? — ergo uma de minhas sobrancelhas e pergunto a única coisa que prestei atenção na sua lista louca.
— Claro! Quem faz qualquer atividade que envolva suor e leva só uma toalha? — Gretta me responde como se aquilo fosse óbvio e acabo por rir com o nariz.
— Ahaã, qualquer pessoa normal? — a respondo pisando em ovos, pois sei que a furacão à minha frente é sensível.
Na verdade, Gretta não chega a ser sensível... A garota está mais para senso de opinião crítica elevado. Demais.
— Que seja, só quero um sofá pra me sentar — Gretta suspira e finge olhar por volta da varanda.
— Sabe que pode sentar em outra coisa, né? — a questiono diabolicamente, com certa porcentagem sendo brincadeira e outra não.
As sobrancelhas de Gretta se erguem e seus olhos azuis pousam nos meus, deixando claro que ela não estava acreditando no que acabará de escutar.
— Ahaã, ok me devolva minha bolsa, quero continuar sendo uma desabrigada temporariamente e não uma assassina desabrigada temporariamente satisfeita — a loira apesar de brincar, mantém uma voz séria, o que faz com que quem não a conhecesse, acreditaria que ela realmente está puta.
Assim que acaba de pronunciar; Gretta tenta pegar sua bolsa de volta.
— Gostei do "satisfeita", combina com o que perguntei, isso é o destino, Gata — sorriu maliciosamente e coloco sua bolsa atrás do meu corpo.
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Talvez Namorados
RomanceGretta Daytes, uma líder de torcida, está cansada de sempre ter a mesma coreografia em todas as apresentações, então decide mudá-la por conta própria sem a permissão da treinadora responsável por todo o grupo de líderes de torcida. Entretanto para c...