Talvez Namorados

Capítulo 12

                                Capítulo 12

                                     Gregory

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— Amorzinho pegue o molho de tomate, rápido! — a voz irritante de Eva ecoa pela cozinha e Thomas se levanta, indo até um dos armários.

          Mesmo essa garota sendo terrivelmente chata, ela tem mãos de anjo no quesito; culinária. Desde que os dois começaram a namorar, viemos comendo comida de verdade e não só porcarias do Mc Donalds ou algo do Burger King. Observo Thomas obedece-la que nem um robô e faço uma breve careta. Acho que nunca conseguiria agir que nem ele.    

— Vão fazer o que nesse fim de semana? — pergunto, tentando não deixar claro minha intolerância aos dois.

        Acho que não consegui, já que recebo um olhar matadouro de Thomas. Foda-se, o cara já está cansado de saber que tanto eu, quanto Nate e Chuck não suportamos sua namorada e mesmo assim; olhe quem está na frente do nosso fogão.   

— Nada planejado ainda — Thomas me responde sério e coloca uma mão na cintura da sua namorada, que mal da para ver por conta desse vertido, que mais parece um saco de batatas.

         Thomas sussurra algo no ouvido dela, algo que a faz rir e no mesmo instante reviro os olhos. Por que jogar sozinho não tem a mesma graça de quando jogamos junto com alguém? Ou melhor por que os idiotas, Nate e Chuck saíram e não me levaram? Ah sim, claro me deixaram aqui pra atrapalhar a noite de núpcias dos dois aqui nessa cozinha.   

— Toto! — Eva pronuncia o apelido que ela mesma inventou para Thomas e vira seu rosto de lado para olha-lo — Você quase me fez queimar o macarrão — ela o empurra com o ombro e logo em seguida volta a mexer a panela.

        Meus pensamentos se desviam para as duas vezes em que a furacão loiro tentou empurrar meu ombro, mesmo o seu ficando incrivelmente abaixo dos meus, a fazendo acertar meu peito. Acabo rindo com essa lembrança e Thomas passa sua atenção para mim.   

— Quer dividir a piada, Gibson? — pelo seu tom de voz, aposto com quem quiser que ele acha que estou rindo deles.

— Pode ficar calmo — o envio uma piscadela — Não estou rindo de vocês — encosto minhas costas na cadeira e Thomas cruza os braços me encarando.

        Claro que ele não vai acreditar em mim, no entanto não ligo. Prefiro que ele continue pensando que ri dele e da sua namorada, do que eu ter que falar que estava pensando em Gretta. E porra ultimamente estou pensando e muito nessa garota, o que me faz me perguntar o por quê? Já que nunca fiquei com nenhuma garota gravada na mente e olhe que estou falando de uma que nem mesmo beijei ainda. Ainda? Por que estou pensando como se fossemos fazer algo? Que merda, quanto mais tento entender fica pior.   

— Toto, poderia pegar a toalha na lavanderia? — Eva desliga o fogão e Thomas a obedece, claro.

        Acompanho meu amigo saindo da cozinha com o olhar e nego com a cabeça. Quando volto com minha atenção para a morena dentro de um saco de batatas, a mesma está passando o macarrão, que admito estar cheirando terrivelmente bem, para dentro de uma travessa de vidro, uma que eu nem sabia que tínhamos, inclusive. Eva coloca a panela dentro da pia e a enche de água, logo em seguida se vira e para seus olhos em mim. Me mantenho sem expressão, mesmo depois dela me enviar um leve sorrisinho. Impossível que ela não saiba que não gostamos dela.   

— Está tudo bem? — sua pergunta soa acompanhada de um erguer breve de sobrancelhas.

        Obvio que não, você está aqui. Caso estivesse apenas eu e Thomas provavelmente estaríamos jogando horas à fim ou estaríamos junto com os demais filhos da puta dessa fraternidade, que provavelmente estão enchendo a cara e se divertindo em algum bar aqui perto.