Eva
Entro em casa chamando pelo meu pai, que está de folga hoje.
- PAI! OH PAI! PAI!- saio gritando pela casa ao mesmo tempo em que largo minha mochila ao pé da mesa de jantar.
- Oi Eva, para de gritar menina, como foi a escola?- ele vem até mim e deposita um beijo em minha testa, indo até o fogão em seguida.
- Deu pra estudar- dou de ombros, ouvindo a risada dele.
- Jura?- o deboche em sua voz é nítido.
- Foi boa pai, nada demais, depois eu fui com a MJ até a lanchonete, onde nós encontramos a Tália.
- Faz tempo que as meninas não vem aqui- comenta enchendo meu prato com macarrão ao molho branco.
- MJ foi na casa de uns amigos ver Star alguma coisa- meu pai faz uma careta e acabo rindo- é, coitados deles, vão ter que aturar o humor ácido da Jones.
- Vê se marca com elas algum dia desses, você ainda muito solitária em casa- reviro os olhos para seu comentário.
- Valeu em pai.
- Não foi nada querida.
◇◇◇
- Pai, vou ali no mercado comprar absorvente pra mim, eu já volto- aviso pegando minha carteira.
- Cuidado Eva, está de noite.
- Eu sei, já volto- mando um beijo para ele e saio trancando a porta.
Ando pelas ruas agitadas de Nova Iorque sem me importar muito com o horário, apenas sentindo a brisa fresca bater contra meu rosto e meus cabelos.
Entro no mercado e vou direto para a "sessão" feminina, ouvindo uma notícia na Televisão, já que estou de cabeça baixa.
"Homem Aranha, o tão conhecido e amado amigo da vizinhança mais uma vez foi visto e admirado ao salvar algumas crianças que estavam sendo sequestradas, um homem com cerca de 40 anos de idade entrou no ônibus escolar em que elas se encontravam quando o motorista parou para abastecer e precisou ir no banheiro, o sujeito estava levando o automóvel em direção a uma quadrilha que está sendo procurada a anos por traficar crianças..."
A televisão é desligada com um rugido de raiva, o dono de estabelecimento bate o controle no balcão enquanto transborda ódio, o mais puro e limpo ódio.
Vou até lá pois preciso pagar o que peguei, então resolvo perguntar.
- O senhor está bem?- o homem me olha e sorri fraco enquanto pega a nota que eu lhe estendia.
- Sim, é que minha filha estava naquele ônibus, jamais poderei agradecer ao homem aranha- confessa me entregando o troco.
- Bem, é o que dizem, o bem sempre vence- sorrio o vendo fazer o mesmo.
Saio do local com minha sacola e vou andando com as mãos no bolso, franzindo o cenho ao ter a sensação de estar sendo observada, e começando a ficar assustada ao ouvir passos rápidos, que logo são silenciados e uma espécie de gemido de dor é ouvido, tão baixo que imagino ser da minha imaginação, ainda mais quando me viro e não vejo absolutamente nada.
- Coisa mais estranha...- murmuro pra mim mesma, voltando a caminhar, agora com passos rápidos.
◇◇◇
- E aí gatinha- Flash aparece ao meu lado sorrindo ladino, tentando ser atraente.
- O quê foi Flecha?- pergunto entediada.
- Flash gata, se bem que eu com certeza vou acertar seu coração- pisca pra mim no que era pra ser algo sedutor, mas que se torna apenas ridículo.
- Mas que merda em garoto- sorrio debochada.
- Qual é gatinha, sua amiga já experimentou, vai dizer que ela falou mal?- seu convencimento é tão ridículo que chega a me comover.
- Flecha, presta atenção garoto, eu não quero e nunca vou querer absolutamente nada com você, e sobre a Bennett, ela já teve melhores.
Viro as costas e continuo andando sem me importar com seu rosto incrédulo.
Não esqueçam da estrela ☆
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Meu Doce Querer
Fanfiction"Vejo todos os garotos bombados querendo uma chance comigo, e por incrível que pareça o único que me chama atenção é Peter Parker, o nerd mais doce do que eu já conheci"- Eva Gonzáles. "Ned! Eu sou apaixonado por ela a um ano e não sei o que f...