Meu Doce Querer

35°- Queens

1 dia depois.

Eva

Espiã, é dessa forma que eu estou me sentindo após descobrir sobre os arquivos no misterioso computador escondido.

Meu pai voltou para casa na tarde seguinte e tentei agir normalmente, Peter levantou uma teoria que eu sinceramente não quero acreditar, segundo ele é muito estranho o fato do computador contendo arquivos da Hydra a meu respeito estar com meu pai, ainda por cima escondido, e é ainda mais estranho todos os nomes comprometedores estarem completamente ilegíveis e escondidos com tiras pretas, logo, meu pai teria algo haver com isso.

Não quero acreditar, mas obviamente tudo que meu namorado falou é a mais pura lógica.

Deixando este assunto de lado- por enquanto-, assim que cheguei na escola não demorou muito para uma Tália desesperada e uma MJ levemente interessada me avistarem e virem até mim, Jones apenas perguntou se havia sido bom e se eu estava com dor, porém Bennett queria saber de literalmente TODOS os detalhes. Qual era a cor da sua lingerie? Ele é gostoso ao contrário do que parece? Ele foi rude ou carinhoso? Como foram as preliminares? Qual o tamanho da camisinha que ele usa?

Fiquei envergonhada, acuada e rosa, essa era minha cor quando minha amiga encerrou seu interrogatório com: "se você aceitou o pedido de namoro deve ter sido bom, ou no mínimo grande."

Eu me sentia diferente na segunda quando entrei na escola, era como se minhas células estivessem mais dispostas do que jamais estiveram, me tornando ainda mais bonita aos meus próprios olhos, resumindo, minha alto estima estava no pico máximo, e aparentemente Peter também sentiu minha energia, isso se o fato dele ter me admirado com um sorriso bobo durante toda manhã em minha casa servir de indicativo para algo.

A escola também absorveu minha energia elevada assim como todos ao meu redor, porque é exatamente assim que acontece quando você se sente bem, as pessoas ao seu redor percebem e automaticamente também são contagiados com isso. Uma dica para a vida: se você estiver bonito para você mesmo, vai estar para os outros também.

Só havia uma pessoa que eu realmente não gostaria que fosse contagiado pela minha onda de autoestima, Flecha Trombone, (ou Flash Thompson), e felizmente o garoto havia faltado na segunda, minhas preces foram atendidas ao menos uma vez.

Bom, hoje era terça e eu havia acabado de entrar na escola, usava uma calça jogger preta, uma regata com decote redondo rosa claro e um tênis também preto, meus cabelos estavam presos em uma trança de lado e uma máscara de cílios completava meu visual de hoje.

Vou até meu armário distribuindo acenos e sorrisos gentis no caminho, continuo sendo anti-social e não querendo aproximação com nenhuma das pessoas que cumprimentei, mas minha mãe me deu uma boa educação.

- Sua beleza deveria ser um pecado Eva- não consigo evitar um sorriso com a cantada idiota de Flash, que havia acabado de se encostar no armário ao lado do meu.

- E aí Flecha- abro o armário e de lá tiro dois livros essenciais para as aulas de hoje.

- Meu nome é Flash, mas você já sabe disso- murmura arrumando a mochila nas costas.

- Uhum- fecho a porta de meu armário com um empurrão e volto a andar pelo corredor, sentindo a aproximação de Flash.

- E AÍ PÊNIS PARKER!- reviro os olhos quando meu namorado aparece em nosso campo de visão e o garoto dispara sua frase típica.

Ignoro completamente Flash e sorrio para Peter, que se aproxima umidencendo os lábios e ajeitando as alças de sua mochila.

- Hey Pete- o mesmo sorri ao ouvir o apelido.