Minha Vizinha.

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Bom dia/ Boa tarde/ Boa noite/ Boa madrugada.

Voltei !

Não tenho muito a declarar, qualquer dúvida sobre a história comentem e eu vou responder.

Boa leitura !

Byeeeeeeeeee !

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Eu estou sobrevivendo a escola, quer dizer, não pode ser pior do que já foi, eu espero no mínimo uma trégua das piadinhas diárias que eu ouvia antes, afinal meus pais morreram e eu não sou uma pessoa muito normal, eu preciso de mais tempo para lidar com emoções que não sejam raiva e ódio. Por isso eu estou aqui agora sentada de frente para a psicóloga da escola enquanto ela faz um longo discurso sobre como perdas repentinas podem afetar o seu emocional de forma leve à moderada.

Leve à moderada.

Parece uma propaganda de divulgação de remédio para dor.

- Senhorita, Lavely Ballard. - chama minha atenção e eu a encaro.

- Sim, senhora Ritter ? - questiono sem saber do que ela estava falando.

- Você deveria estar prestando atenção, sabe muito bem o que aconteceu há um ano e seis meses atrás. - responde séria e eu trinco os dentes. - O que aconteceu entre você, o jovem Carter e a senhorita Miller não foi brincadeira, foi grave é inaceitável. - diz e eu sorrio tentando conter a irritação crescendo em meu interior.

- Claro que foi. - zombo a encarando. - Tão grave que só eu e a Miller sofremos as consequências enquanto aquele que não deve ser nomeado está por aí feliz da vida lançando maldições imperdoáveis em quem atravessa seu caminho. - digo sarcástica e ela suspira.

- Essa não é a questão, o que você e a senhorita Miller fizeram foi... - a interrompo.

- O que a gente fez ficou no passado e passado não deve ser lembrado a menos que seja necessário e eu não vejo necessidade em relembrar isso agora. - digo tentando manter o tom da minha voz baixo. - Você me chamou aqui para falar sobre a dor do luto e não para relembrar o passado como se fossemos melhores amigas ou como se você fosse uma tia minha. Agora se me der licença, tenho mais o que fazer, já ouvi o suficiente sobre sofrimento adolescente. - completo me levantando.

- Você é muito insolente, ainda vai sofrer as consequências disso. - diz enquanto eu caminho até a porta.

- Veremos. - respondo abrindo a porta e em seguida a encaro e sorrio antes de sair de sua sala.

Sempre me enchendo o saco querendo tocar nesse assunto como se ela fosse uma juíza e eu a prisioneira sendo julgada pelo seu tribunal hipócrita. Caminho em silêncio até meu armário, o corredor estava aparentemente vazio, digo isso porque as pessoas aqui surgem do nada feito alma penada enviada pelo capeta pra assustar as pessoas. Sinto vontade de rir de mim mesma e meus pensamentos idiotas enquanto paro e abro do meu armário vendo a rosa, fico a olhando e pensando no bilhete que nem noto que tem alguém atrás de mim até que ouço uma voz conhecida.

- Olha só, a maluca surtada recebeu uma rosa. - a voz de Travis me fez revirar os olhos entediada.

Ignoro sua presença e sua voz de quem ainda não passou pela puberdade e começo a guardar meus livros.

- A surtada tá se fingindo de surda, deixa eu chamar melhor sua atenção. - diz e em seguida soca o armário ao lado do meu e eu me viro para o olhar.

- Nossa, eu tô surpresa. - digo vendo algumas pessoas se aproximarem.

- Com o que louca varrida ? - pergunta confuso cruzando os braços e eu noto sua leve careta de dor e sua mão vermelha.

I See The Monster In You ! ( Reescrevendo)Onde histórias criam vida. Descubra agora