༄ Capítulo XVIII ༄

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Pov. Carlotta Bazzoli


- Você sabe como Aurora é. Eu não fazia ideia que Greta tinha ido dar uma volta e então a Aurora falou que ela havia sumido, pensei no pior. - disse para ele tentando manter meus olhos fixos no seu para não deixar explícito que era uma mentira.

Uma vez ouvi Massimo dizer algo sobre como eles eram capazes de descobrir quando as pessoas mentiam, então torci pra que isso servisse.

Alessio suspirou concordando com a cabeça me puxando pra ele novamente em um abraço caloroso. Eu adorava sentir o calor do seu corpo contra o meu.

- Só... fique longe de confusão, Lotta. Nevio está furioso e não quero que isso respingue em você. - falou enquanto acariciava meus cabelos.

Eu concordei sentindo seus lábios escovarem meu pescoço enquanto depositavam beijos por ali, me arrepiei soltando um suspiro pesado. Ele me apertou contra seu corpo tentando ser delicado.

- Depois daquele dia, eu nunca mais deixei de pensar em como eu queria passar cada minuto da minha vida te beijando. - sussurrou no meu ouvido.

Olhei em seus olhos com o rosto quente e a respiração mais acelerada. Ele se afastou quando percebeu, ficou parado por um tempo, parecia pensar, por fim balançou a cabeça e me puxou para perto novamente.

- O que? - perguntei, mas ele negou com a cabeça voltando a me beijar.

Retribui seu beijo ainda me acostumando com aquela sensação nova, eu sentia borboletas brincarem por minha barriga enquanto o gosto forte e amargo do seu cigarro se misturava ao meu. Ele devia mesmo considerar parar de fumar, nossos beijos eram melhores sem esse sabor.

- Tá tudo bem? - Alessio perguntou preocupado quando me afastei um pouco segurando uma careta.

Eu beijei ele mais cedo com esse mesmo gosto, mas agora parecia ainda mais forte, diferente.

- De que é esse cigarro? - sussurrei franzindo a testa procurando por alguma embalagem no quarto.

- Como assim de que? - Alessio riu. Comecei a vasculhar seu quarto com os olhos.

Meus olhos rolaram por cima de sua cama e eu avistei algo diferente. Avancei até o objeto estranho e peguei, era uma caixinha retangular que estava ao lado do travesseiro com uns papeis pequenos e finos dentro, era papel seda, eu sabia pra que aquilo servia.

Olhei para Alessio e ele tirou do bolso uma caixa de cigarros e deu os ombros. Eu sentia o cheiro de nicotina nele, mas também havia um cheiro doce, eu pensei que poderia ser só o perfume dele. Mas, agora olhando essa caixa com papéis de seda, eu percebi o que significava.

- Alessio, você tá... fumando maconha? - sussurrei, eu sabia que isso era um crime pra máfia. Pelo menos, para os Falcones, era.

- Shiu... - ele sussurrou botando o dedo indicador contra meus lábios me deixando em silêncio - É só às vezes, quando preciso relaxar.

Às vezes? Quantos cigarros com maconha ele havia consumido nessa viagem? Toda vez que eu o via, ele estava fumando pela casa. Eu tinha medo de que ele estivesse realmente viciado nisso.

- Você sabe o que sua família acha sobre isso. E faz mal, não quero ver você em uma maca ao meu lado no hospital. - suspirei me afastando dele cruzando os braços contra meus seios.

Eu odiava todas as vezes que tinha que ir ao médico, aquele lugar sempre me deu calafrios, mas eu precisava, passaria a vida toda tendo que ir até lá, fazer check-up e tomar inúmeros remédios. Eu não queria ver Alessio passar por algo parecido, cigarros geram várias doenças.

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