༄ Capítulo LV ༄

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Pov. Carlotta Bazzoli

- Vai lá pra cima. - foi a primeira coisa que Diego disse e suspirei encarando os dois ainda sem entender nada.

Diego estava com um carranca encarando Alessio, que mantinha uma máscara de indiferença à minha presença. Engoli o seco me encolhendo. Ele estava encostado no armário da cozinha, passei pelo meu irmão entrando no ambiente e ele xingou baixinho.

- Preciso comer algo. - sussurrei trêmula indo para perto de Alessio e abrindo o armário ao seu lado para pegar o saco de pães.

- Estamos tendo uma conversa, Carlotta. - Diego suspirou e quando olhei para ele estava mandando uma mensagem.

- Conversando? Aconteceu alguma coisa? - mordi a ponta da língua sem saber o que eu deveria dizer e como dizer.

- Não, só vim... pedir uma coisa. - Alessio sorriu brevemente para mim e algo em seu olhar me fez confiar nele que não havia nada errado, então ele encarou meu irmão - E ai?

- Savio tá vindo pra cá. - meu irmão encostou de braços cruzados na porta da geladeira praticamente sendo capaz de fuzilar Alessio com seus olhos. 

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo ali e pelo sorriso sutil de Alessio e a falta de gentileza na voz do meu irmão, boa coisa não era e eu estava bem no centro de tudo. 

- Ela é sua irmã, meu tio não tem nada haver com isso. - Alessio respondeu com certa impaciência - Sou o melhor pretendente para ela, basta você aceitar.

Pretendente? Segurei um sorriso bobo para que não levantasse suspeitas para o meu irmão. Alessio estava mesmo pedindo a minha mão em casamento, eu não conseguia acreditar. Meu coração batia mais forte e as borboletas no meu estômago estavam loucas. 

- Você não deve estar batendo bem da cabeça. - Diego revirou os olhos.

Se ele soubesse a quanto tempo eu e Alessio estávamos juntos, ele não pensaria isso. 

- Estou muito bem "da cabeça". - Alessio disse com a voz mais dura.

- Você, Massimo e Nevio não conseguem ficar uma semana com o pau dentro da calça. Eu vejo como você olha pra ela quando ninguém tá olhando, nem fodendo garoto. - meu irmão resmungou e corei de vergonha me lembrando do que eu e Alessio fizemos na noite passada.

Ao contrário do que meu irmão estava dizendo, Alessio estava se segurando, mantendo todo controle e jogando suas necessidades de lado só pra me deixar bem e seguir com o que eu queria. Ele estava mesmo disposto a esperar o nosso casamento, Alessio não era como Massimo ou Nevio. 

- E então vai fazer o que? Entregar ela pra um dos meus soldados? - Alessio o desafiou e meu estômago se embrulhou só de pensar em estar com alguém que não fosse ele - Vai fazer sua irmã infeliz pro resto da vida? 

- Eu vi o que Savio fez a Gemma e eu não vou deixar a história se repetir. - Diego rosnou como se ninguém fosse capaz de o fazer mudar de ideia, o que me fez encolher segurando o saco de pães contra meu corpo.

- Eu não sou meu tio. - Alessio cruzou os braços se aproximando dele.

Engoli o seco, e a essa altura os pães já estavam todos amassados e Diego estava encostado na geladeira onde estava a pasta de amendoim. Por fim, a porta da frente se abriu e meu coração travou quando Saviou entrou na cozinha compartilhando a mesma carranca que meu irmão, por sorte Gemma estava atrás dele. Puxei o ar para meus pulmões, eu não podia passar mal agora. 

- Que porra é essa? - Savio encarou Alessio com a sobrancelha arqueada - Eu disse pra ficar longe das saias da Lotta!

- Tô pedindo a mão dela, não pedindo permissão pra transar com ela. - Alessio rosnou parecendo estar com tanta raiva quanto meu irmão e Savio. 

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