༄ Capítulo CXXXVII ༄

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Pov. Greta Falcone




Bear rosnou para mim enquanto eu fechava minha pequena mala de rodinhas após colocar mais um par de sapatos nela. Não aguentei a risada quando percebi seu ciúmes.

- Eu vou voltar logo. - prometi jogando um de seus brinquedos para o alto para que ele pegasse - E em breve, você vai virar um cachorro nova-iorquino.

A porta se abriu, sem nenhuma batida, e eu já sabia quem era. O barulho das suas botas contra o chão me dizia que ele estava impaciente; para Nevio quanto mais cedo fossemos, mais cedo voltaríamos. Ele queria acabar logo com isso.

- Terminou? - ele veio até mim já pegando minha mala de cima da cama - Não precisa de muita coisa, voltaremos amanhã cedo.

- Talvez... pudéssemos tomar o café da manhã, ou até mesmo um brunch com os Vitiellos. - dei os ombros com meu melhor sorriso amarelo.

Nevio inspirou profundamente e bufou, ele não queria prolongar as coisas e já estava no limite depois do Texas e as consequências de ter me levado até lá.

- Não force as coisas, Greta. - pediu olhando em meus olhos - Vai ter tempo o suficiente no jantar.

Não era o suficiente, nenhum tempo do mundo era suficiente quando se tratava de Amo e eu. Nós vivemos um ano nas sombras do nosso amor, e queria aproveitar que agora finalmente podíamos desfrutar da companhia um do outro sem correr o risco de um derramamento de sangue.

- Podemos ir então. - soltei um longo suspiro antes de me despedir de Bear e sair do quarto seguida por Nevio.

Passamos pela sala para nos despedir da família, já que tio Nino ficaria responsável pelas coisas na ausência do meu pai. Eu era a mais entusiasmada e não me opus a esconder isso.

Mackenzie e Massimo estavam em seu quarto, desde que ela voltou meu primo fez jus a sua palavras e não saiu de perto dela por um segundo sequer. Alessio me disse um breve tchau, seguido de uma piada sobre não me divertir muito antes dele ir para a academia treinar, pois amanhã estaria em um campeonato de luta no Roger's Arena.

- Vamos, antes que papai mude de ideia. - saltitei em direção a porta ouvindo os xingamentos do meu irmão logo atrás de mim.

Amo estaria me esperando no aeroporto, de acordo com a mensagem que recebi dele essa manhã, o que me deixava ainda mais ansiosa pra chegar o quanto antes. Eu me sentia como uma criança na manhã de Natal, e nada conseguiria tirar minha felicidade agora.

- Você parece radiante. - Aurora comentou assim que me viu.

Meu pai estava colocando a mala da minha mãe no porta malas, enquanto Fabiano e Leona pareciam perdidos em alguma conversa entre eles.

- Finalmente vou estar com ele, sem segredos, sem medo do que pode acontecer, isso... ah, isso é incrível. - eu estava quase saltitando enquanto ela tinha uma pequena carranca em sua testa - Já você parece ter acordado de mau humor.

- Minha menstruação resolveu dar o ar da graça mais cedo do que eu esperava, estou com cólica e seu irmão tem sido muito inconveniente com todo esse rancor sobre irmos para New York. - ela resmungou cruzando os braços diante o peito - Bem, isso explica meu mau humor dos últimos dias, mas estou feliz que finalmente você vai poder se agarrar com seu príncipe encantado sem ele correr o risco de ser assassinado.

- Acho que ele ainda corre esse risco se me agarrar do jeito que você está falando. - eu ri sentindo as minhas bochechas corarem.

Duvidava muito que Amo e eu pudéssemos ficar a sós nesse jantar ou em qualquer outro momento até estarmos casados. Meu pai cancelaria o casamento sem pensar duas vezes se Amo tentasse alguma coisa além de um simples beijo e eu não queria arriscar, mas queria poder aproveitar nosso momento juntos.

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