༄ Capítulo LVI ༄

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Pov. Nevio Falcone

Saí do banho depois de tirar os últimos resquícios de sangue do meu corpo. As juntas das minhas mãos estavam alternadas em cores de roxo e vermelho, mas o motivo dessas marcas inflou meu ego de formas monstruosas.

Vesti uma calça de moletom sem nada por baixo e tirei a umidade do meu cabelo com a toalha, mas ainda sim algumas gotas caíam sobre meu peito nu descendo até o cós da calça.

Sai do meu quarto com intuito de pegar algo na cozinha, mas o que apareceu na minha frente fez a minha fome desaparecer na mesma hora.

- Perdida? - minha voz saiu rouca quando parei no alto da escada que subia para minha ala.

- Vim ver a Greta. - respondeu e senti seus olhos descendo pelo meu corpo.

- Ela saiu com a Kiara. - dei os ombros - Mas, nós dois sabemos que o seu gêmeo favorito sou eu.

- Você sofre de transtornos narcisistas. - mordeu o lábio terminando de subir as escadas.

Assim que passou em minha frente senti seu doce perfume invadir meus sentidos e a segurei rapidamente contra a parede do corredor. Sorri maliciosamente pra ela, Aurora era bem menor do que eu, mas parecia bem em meus braços.

- Como foi a conversa com sua mãe? - pergunto baixo me controlando para não tomar seus malditos lábios atrativos nos meus.

- Nevio... Alguém pode ver a gente. - sua voz fraquejou e seus olhos caíram diretamente em meu peitoral, parecendo desnorteada - Porra, você não cansa desse joguinho? Já sabemos que você não tem culhão pra me assumir.

- Quer que eu te arraste lá pra baixo agora e te beije na frente de todos? - rosnei a puxando pela cintura - Que eu me lembre foi você que não queria que seu papai descobrisse o que você tava fazendo comigo. Porque por mim, eu teria falado a verdade quando ele perguntou o que eu estava fazendo lá.

Eu tinha a porra de todos os culhões o suficiente pra assumir pra todo mundo que Aurora era minha, mas ela claramente sabia que a reação do seu pai não seria boa e estava prolongando isso.

Se Fabiano quisesse me jogar na gaiola e quebrar todos os meus ossos por tirar a virgindade da filha dele, eu lutaria contra ele como fui criado pra fazer. A única pessoa que tinha o poder de me afastar de Aurora era ela mesma.

- Eu não quero que seja assim. - suspirou de forma pensativa e passou a mão por meu ombro como se estivesse pensando no que realmente queria - Isso tudo só causaria uma luta entre vocês dois e não quero... Que se machuquem, mesmo você às vezes merecendo isso.

Ri a puxando para fora do corredor e entrando no meu quarto na porta ao lado, se ela queria discrição, teríamos. Mas, no fundo, eu sabia que talvez ela ainda tivesse medo de nos assumirmos se algo acabasse dando errado.

Tranquei a porta logo atrás de mim e, quando me virei, Aurora estava sentada na minha cama com o meu celular em mãos, eu havia o deixado em cima da mesa de cabeceira. Suspirei arqueando a sobrancelha para ela.

- Sabia que isso é crime? - resmungou encarando a tela - Nevio, e se alguém vir isso!?

- Crime é você estar vestida na minha cama. - ri pegando o celular de suas mãos, na tela de bloqueio e fundo havia uma foto dela nua deitada com a minha mão apertando sua bunda - Você me viu tirando a foto.

- Mas não achei que ela fosse virar sua tela de bloqueio. - entortou os lábios cruzando os braços me encarando ainda sem acreditar.

- Nem dá pra saber que é você, loirinha. - digo colocando o celular em cima de onde ela havia pegado.

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