༄ Capítulo CLXXIII ༄

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Pov. Nevio Falcone



Valério saiu da gaiola cuspindo sangue no chão enquanto Alessio tinha apenas um corte na maçã do rosto que talvez ficasse azulado amanhã. Definitivamente o caçula dos Vitiellos não levava jeito pra isso. Eu já havia perdido o controle da minha risada enquanto Amo o analisava seriamente.

- Não me olhe assim. - disse ao irmão que franziu o cenho.

- Assim como? - Amo perguntou suspirando.

- Como o pai olharia, você não é ele e ainda não é capo. - resmungou tomando rumo em direção ao bar.

Observei Amo acompanhar seu irmão com os olhos e balançar a cabeça com um suspiro pesado. Estávamos no meu território, eles tinham que mostrar força, mas pareciam um bando de palhaços bebados.

- Devia repensar sobre seu futuro consigliere. - alfinetei meu cunhado recebendo seu dedo do meio como resposta.

- Não me faça te jogar nessa gaiola, Falcone. - rosnou me fazendo gargalhar.

- Eu adoraria. - sorri de canto e por alguns segundos ele cogitou.

Maximus se aproximou entregando uma cerveja para Amo dando um soquinho em seu ombro para ter sua atenção. O Vitiello pegou a long neck e abriu a tampa com os dentes e a atirou pra longe antes de dar alguns goles na bebida.

- Precisamos de você inteiro amanhã. - o Trevisan disse direcionado a mim segurando uma risada enquanto Amo deixava a dele escapar - Não queremos o irmão da noiva arrebentado.

Arqueei uma sobrancelha e ri, o ego desses caras conseguia ser maior do que o do Massimo, e podia até disputar lugar ao lado do Empire State de tão grande.

- Esse é o meu lance, não existe machadinho no ringue. - avisei com um sorriso sínico.

- Eu não preciso de um machado pra acabar com você. - Amo garantiu me fazendo acenar com a cabeça para o ringue agora vazio.

Alessio tinha acabado com Valério, mas seria ainda melhor quando eu acabasse com Amo no meu território dentro do meu tipo de jogo favorito.

Amo bufou uma risada virando sua cerveja atirando a garrafa no chão que espatifou em alguns cacos de vidro, ele se distanciou em direção a gaiola tirando a camisa, fiz o mesmo indo até lá.

Os Trevisan murmuravam entre si enquanto Alessio vinha até a gaiola com um cigarro na boca para fechá-la, assim que estávamos trancados ele riu gesticulando com a mão.

- Não soquem a cara um do outro, ou teremos problemas com a bonequinha. - ele avisou, mas a essa altura o álcool mandava meu cérebro arrancar ao menos um dente de Amo.

- Vou tentar não te deixar muito roxo. - Amo zombou me fazendo gargalhar.

- Eu não vou ter misericórdia de você, Vitiello. - avisei com um sorriso que eu dava sempre que estava prestes a matar alguém.

Cogitei a ideia de que uma costela quebrada ou talvez duas ainda fosse o manter de pé durante a cerimônia do casamento, e parecia ser a minha melhor opção pra não deixar Greta decepcionada no seu grande dia.

Lembrei da noite em que busquei Greta no seu apartamento e dei um passo pra frente acertando um chute bem na lateral do seu corpo, mas Amo defendeu bem recuando antes de dar outro passo à frente e tentar socar meu peitoral.

Acertei um soco em suas costela quando o peguei distraído prestes a socar meu rosto, mas fui mais rápido chutando seu joelho, não forte o bastante para causar alguma lesão que o deixasse manco amanhã.

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