༄ Capítulo CLXXXII ༄

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Pov. Amo Vitiello

- Tenho certeza que tinha um tapete aqui. - Valério comentou enquanto colocava alguns presentes embaixo da árvore de natal na sala de estar.

Greta encolheu os ombros com as bochechas vermelhas antes de nos dar as costas e seguir seu cachorro pelos corredores.

- Você está alucinando. - respondi meu irmão antes de seguir o mesmo trajeto que minha noiva.

Minha família havia chegado pela manhã e os Falcone chegariam daqui algumas horas. Eram quase cinco horas de vôo de Las Vegas até aqui, Greta comentou que eles haviam saído há pouco tempo de lá.

Dar um presente pra Greta que superasse o meu presente do natal passado, se tornou uma tarefa muito difícil, mas planejei algo e esperava que ela fosse gostar.

- Estou ansiosa. - Greta comentou assim que passamos pela cozinha e senti um peso cair sobre seus ombros quando seu corpo ficou tenso.

- Vai ficar tudo bem. Nevio pode queimar a árvore de natal se quiser, nada vai conseguir estragar nossas comemorações. - afirmei me aproximando a envolvendo em um abraço.

Bear latiu e me vi olhando pra ele próximo aos nossos pés com seus olhos curiosos. Eu ainda estava me acostumando com sua presença, com muito custo consegui convencer Greta de que não o caberia em nossa cama, e agora o cachorro parecia não gostar mais tanto assim de mim.

- Comprei coturnos novos pra ele. - comentou se abaixando para acariciar o cachorro - Mas duvido que use, ele insiste em usar os velhos.

Balancei minha cabeça, era fácil dar presente aos meus irmãos. Marcella gostava de joias e sapatos, para Valério qualquer vídeo game o agradava, esse ano eu lhe comprei uma prancha de surf.

Enfiei as mãos no bolso da calça quando minha mãe entrou na cozinha com Henrico no colo, ele tentava colocar suas madeixas loiras na boca enquanto ela recuava antes de colocar ele em cima da ilha da cozinha. Meu sobrinho soltou um grito fino empurrando o ar com seus pés quando foi proibido de comer cabelo.

Os olhos de Greta brilharam e um sorriso surgiu em seu rosto enquanto olhava pra figura pequenina do meu sobrinho, ela não fazia ideia de como ele podia se parecer com Maddox quando queria algo.

- Posso pegar ele? - Greta quase saltou em euforia me fazendo olhar pra minha mãe na mesma hora que riu.

- Claro, só toma cuidado, ele tá com essa mania de colocar cabelo na boca.

Greta concordou segurando Henrico por debaixo dos braços e o atrevido praticamente se jogou em cima dela. Ela o ajeitou em seu corpo e em poucos segundos ele já estava puxando seus cabelos.

- Você é muito fofinho. - ela sorriu para ele enquanto o balançava em seu colo.

Henrico gargalhou seguido de um grito agudo deixando sua cabeça tombar no ombro dela enquanto a observava encantado por ela. É garoto, eu entendo.

Minha esposa tinha essa mania de encantar todos ao seu redor, ela tinha conseguido fazer isso com meu pai também, apesar dele manter as aparências e não demonstrar isso com a frequência que Greta merecia. Demorou, mas Luca Vitiello, entendia que o que eu sentia por ela, era o mesmo que ele sentia pela minha mãe.

- Espero que convença Amo a me dar muitos netinhos. - minha mãe comentou fazendo as bochechas de Greta corarem no mesmo instante.

- Gosto da ideia de uma família grande. - ela admitiu.

- Futuramente. - comentei remexendo às mãos no bolso da calça - Iremos precisar de uma casa maior.

- É bom começar a pensar nisso, nunca se sabe. - minha mãe riu olhando para Greta que tinha o rosto mais vermelho que um tomate.

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