༄ Capítulo XXI ༄

6.9K 530 721
                                    

Greta Falcone

Amo ainda tinha um olhar sobre mim que eu não conseguia decifrar quando nossos pratos chegaram. A comida estava simplesmente perfeita e me fez lembrar das receitas da minha tia Kiara. Não sabia como reagir à ele, eu estava me sentindo um passarinho que havia saído do ninho para explorar.

Dei um pequeno gole no meu vinho, já estava na metada da taça e minhas bochechas estavam quentes e provavelmente avermelhadas não só por que ele estava ali na minha frente.

Peguei sua mão que estava estendida sobre a mesa, recebendo uma carícia dele.

Eu nunca havia flertando com um cara, ainda mais um que era de outra máfia, mas Amo me surpreendia cada vez mais, não conseguia me sentir desconfortável em nada.

- Eu ainda tenho mais um lugar pra te levar, podemos ir? - ele perguntou de forma calma levando minha mão até seus lábios depositando um beijo sutil ali.

Um formigamento se espalhou ali e subiu para todo meu corpo, soltei um suspiro com a sensação. Seus olhos azuis eram tão marcantes que pareciam conseguir enxergar minha alma. Concordei com a cabeça enquanto ele passava o polegar contra minha pele.

- Que lugar? - sussurrei sem tirar meus olhos do dele. Me perguntei no que ele estava pensando.

- Você vai ter que vir comigo. - ele sorria de forma aberta quando levantou da mesa me ajudando puxando minha cadeira.

Amo me conduziu com as mãos em minhas costas, era uma sensação boa. Ele pagou e em poucos minutos o manobrista apareceu com seu carro.

- Divirta-se. - ouvi ele dizer ao dar cinquenta dólares ao rapaz, os olhos dele chegaram a brilhar.

Não esperava ver um ato de bondade da parte de um Vitiello, então suspeitei que fosse apenas pra me impressionar.

- Não precisa ser bom com as pessoas apenas porque estou perto. - entrei assim que ele abriu a porta pra mim como um cavalheiro, Amo tinha muito desses pequenos detalhes e eu gostava disso.

- O que posso fazer se você tem tendência a despertar algo bom dentro de garotos malvados? - ele brincou ao entrar no carro e dar partida.

- É um dom. - sorri pensando nos homens da minha família e suas escuridões, mesmo assim eles sempre foram bons pra mim em tudo.

Amo dirigiu até próximo a uma praia bem longe de onde ficava a mansão. Eu sempre olhava para ele por alguns segundo e me surpreendia toda vez por ele ser tão bonito.

A Ferrari parou junto a outros carros e ele saiu, como antes Amo abriu a porta pra mim estendendo a mão em minha direção, eu a segurei sentindo o calor do seu corpo passar para o meu.

- O que vamos fazer aqui? - olhei em volta com curiosidade, não havia ninguém por ali, já estava tarde demais aquela altura.

Esperava que Aurora e Carlotta estivessem tendo sucesso em distrair os meninos.

Eu queria sentir medo de estar sozinha com ele em um lugar deserto, mas eu só conseguia pensar em quão bem a sua companhia era capaz de me fazer. O fato de não ter contato com muitos caras tornava Amo ainda mais incrível em tudo o que ele fazia.

- Só aproveitar... - ele ficou atrás de mim e sussurrou em meu ouvido me causando arrepios, meu corpo reagia facilmente ao seu.

Sua respiração pesava contra mim enquanto seus dedos deslizavam pelos meus cabelos, seus lábios quentes se pressionaram contra meu ombro descoberto. Fechei os olhos aproveitando aquilo e me lembrei do nosso beijo, meu corpo pediu por outro.

For SinsOnde histórias criam vida. Descubra agora