Passione Imprevista || Beauany

Capítulo 27 - 2° temporada

Josh.

Tive que vir para o Canadá pegar alguns documentos para o casamento, e ver o rosto de Any quando entrei no portão de embarque, me quebrou. Passei todo o caminho, literalmente seis horas de voo acordado, com a minha cabeça nela. Sinceramente eu não me preocupo comigo, eu tenho medo é que me aconteça algo e ela fique sozinha.

Eu não posso deixá-la sozinha, eu tenho que estar presente na vida dela até o último dia do seu respirar. Eu amo ela como a minha vida, eu amo o que ela me proporcionou, o que ela faz por mim.. o que ela fez, ninguém faria. Ela é literalmente a minha razão de viver.

— Por que essa cara de cu? — Meu irmão mais novo chega na sala se sentando ao meu lado no sofá.

— Mané cara de cu menino… tô só pensando! — Ele dá de ombros.

— Josh, você vai ter um filho cara… minha fixa acabou de cair, desculpa! — Jaden diz me despertando essa ansiedade pelo nascimento de Jackson.

— Pois é cara, nem eu acredito…

Jonah chega na sala acompanhado do meu pai e minha mãe. Me levanto para o abraçar já que não o via há um ano.

— Hey cara, que saudade de você! — abraço ele apertado.

— Saudades também, papai do ano! — Rio de sua fala, e me sento no sofá novamente.

— Mal posso esperar para vocês o verem, eu mal posso esperar para o ter… que ansiedade! — aperto as mãos, enquanto minha mente viaja novamente até a Europa e no que Any estaria fazendo.

Algumas semanas depois….

23 de Setembro de 2021

Dirijo desesperadamente pelas ruas de Sicília, enquanto escuto os gritos de dor de minha noiva no banco de trás, junto com Sina dizendo palavras aleatórias na esperança de acalmar Any.

— Eu não quero mais ter filho depois desse, me ouviu Josh? — A morena grita, me fazendo rir.

— Tabom amor, pode deixar, sem mais filhos!

Sina abanava Any com uma revista velha sobre carros e Any dizia palavras em todas as línguas que a fluência dela atingia. Os gritos reprimidos de dor estavam me deixando preocupado. É normal doer tanto? Tudo bem eu não sou mulher e nunca saberei nem 1% do que elas passam, mas é que Any parece desfalecer a cada grito.

Paro o carro mal estacionado na frente do hospital e saio pela porta pedindo uma maca para que alguém viesse buscar minha mulher nesse carro.

— Ela terá o bebê no carro se não correrem, caralho! — Sina grita quando uma equipe de médicos e enfermeiros chegam lá.

O rosto cheio de lágrimas e aquela expressão agonizante de dor, apertam meu coração. Eu queria poder tirar a dor dela e deixar apenas as sensações boas.

Ando depressa junto de Sina atrás da equipe que leva Any para dentro do hospital com uma maca. Nós dois parecemos loucos correndo atrás dos profissionais.

Um corredor com uma porta totalmente fechada ao fundo aparece em nosso campo de visão.

— Eu só posso deixar o pai entrar… — Um enfermeiro diz e Sina faz uma cara triste. Abraço ela apertado e dou um beijo no topo da cabeça dela.

— Obrigada por tudo Sina… Eu vou voltar com notícias em breve! — Ele se solta de mim e entra em uma pequena sala de espera, enquanto eu continuo meu trajeto até a sala de parto.