CAPÍTULO 25 - Entrevistas Decisivas

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Andrômeda teve que sinalizar para que Sirius ficasse calmo, enquanto o Sr. Coffey se adiantou e, ignorando a conversa silenciosa, falou com sua voz esganiçada.

— Prisioneiro 390, sua prima, Sra. Tonks solicitou uma visita, você aceita sua solicitação?

Sirius demorou a responder, confuso além da razão, a muito tempo não estava longe de um dementador ou como um cachorro e tudo lhe parecia um sonho ou alucinação. Que começara mais cedo com um banho e roupas limpas, ainda que fosse o uniforme de pano grosseiro e cor apagada de Azkaban. E agora estava aqui sendo visitado por sua prima a quem ele nunca imaginou que veria outra vez. Quando o funcionário de voz esganiçada repetiu a pergunta Sirius detectou a urgência na expressão de Andy e caiu em si, isso estava mesmo acontecendo.

— Sim. — Respondeu simplesmente com a voz tão rouca que nem a reconheceu como sua.

— Você gostaria da presença de seu advogado? — Tornou a perguntar o funcionário.

Que advogado? Sirius voltou a olhar para sua prima e pela primeira vez percebeu um homem distinto que deveria ser um advogado e sua confusão aumentou.

— Não. — Sussurrou ele mais uma vez.

— Muito bem, voltarei em uma hora. — Disse ele e saiu da sala.

Houve um momento de silencio e então Andrômeda se adiantou e para seu choque completo o abraçou e sussurrou em seu ouvido palavras de carinho que ele não entendeu, mas compreendeu pelo que era. Sem poder se conter ele se derreteu em seu abraço e chorou baixinho, por alguns minutos se apegou ao seu cheiro limpo e suave de rosas, as lembranças o engolfaram até Sirius sentir que se afogaria.

— Andy, Andy, eles se foram Andy. Foi minha culpa, oh, Andy, tudo minha culpa. — Disse ele em um sussurro rouco e triste.

— Calma Sirius, não temos muito tempo, esse não é o momento de emoções. Eu que sou uma tola, Sirius, me olhe. — Disse Andrômeda com firmeza o obrigando a levantar a cabeça e olhá-la nos olhos, seu rosto parecia o de uma caveira de tão magro, seus olhos cinzas estavam escuros e assombrados. — Precisamos te tirar daqui, mas você precisa nos ajudar, desculpe não vir antes, sinto muito. — Sua voz se embargou e ela olhou para Falc em busca de ajuda.

— Sr. Black, Sirius, descobrimos a pouco tempo que você nunca teve um julgamento, antes nossas informações eram de que sua culpa era incontestável e que seu julgamento foi apenas uma formalidade devido as provas e testemunhas. — Fala disse em tom baixo e intenso. — Meu nome é Falcon Boot, pode me chamar de Falc, vamos trabalhar juntos para te tirar daquele inferno e para isso precisamos de sua ajuda.

— Sirius, Falc é um advogado e ele sabe como te libertar, mas precisa de ajuda para provar sua inocência, você pode nos dizer tudo o que aconteceu? — Andrômeda disse mais calma e segurando suas mãos fortemente.

— Foi minha culpa Andy, tudo minha culpa, eu não mereço sair de lá, eu os matei... — Seu tom de derrota e ombro caídos e lagrimas eram tudo o que ele tinha.

— Sirius, isso é muito importante, você matou ou causou a morte dos Potters? — Falc perguntou em um tom duro.

— Foi como se fosse, tudo minha culpa, Andy quanto tempo passou? — Disse ele com olhar confuso.

Suspirando Andy, pegou em sua bolsa algumas poções e colocou garganta abaixo de Sirius, aos poucos a poção calmante e pepper-Up fez efeito e ele se acalmou e parecia mais desperto.

— Preste atenção, temos pouco tempo e não teremos sorte de vir visitá-lo sem sermos notados, temos uma pequena janela de oportunidade e precisamos que você se recomponha e nos ajude, nos de informações para podermos te libertar. Agora, Sirius Orion. — Seu tom de comando e frieza assim como as poções foram o suficiente para o centrar, mas foi seu nome inteiro que lhe deu a noção de si mesmo e da realidade.

Harry, - CorvinalOnde histórias criam vida. Descubra agora