CAPÍTULO 37 - Avalanche

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Capítulo 37

Harry acabou dormindo até o dia seguinte e ninguém quis interromper seu descanso, assim Serafina foi até os Dursleys avisar que o devolveriam no domingo à tarde. Petúnia apenas assentiu e fechou a porta rapidamente, antes que Vernon pudesse perceber quem estava na porta.

Ele acordou bem cedo quando o sol estava apenas nascendo e sentindo-se descansado depois de uma noite de sono sem pesadelos. Suspirando, Harry olhou o relógio surpreso ao perceber que dormira quase 18 horas seguidas, olhando em volta sorriu ao ver que ainda estava no Chalé e seu sorriso aumentou ao ver o padrinho roncando suavemente ao dormir na poltrona ao lado de sua cama. Ele foi ao banheiro e ao voltar o encontrou acordado.

— Bom dia. — Disse tímido, seu colapso ainda fresco em sua mente.

— Bom dia, Harry. Como você está? — Sirius perguntou sonolento e carinhoso, ainda sentado na poltrona.

— Estou bem, agora estou bem. — Respondeu Harry sincero.

Suspirando, Sirius se levantou e o segurou suavemente pelos ombros, o encarando olho no olho.

— Fico feliz que você agora acredite e entenda que o que aconteceu não foi sua culpa e muito menos que seus pais o culpam ou se arrependem. — Disse Sirius o olhando atentamente e viu uma sombra passar por seus olhos verdes. — Ou será que ainda não?

— Eu... eu acredito que os meus pais não me culpam ou se arrependem de me defenderem com suas vidas, mas ainda me sinto culpado. — Disse ele triste.

— Harry.... O que poderia ser sua culpa? Voldemort existir? Uma profecia ser feita e ouvida por um comensal da morte? Rabicho se tornar um traidor? — Sirius sorriu suavemente. — Mas eu entendo, também me sinto culpado e mesmo que todos me digam que não, mesmo que você me diga que não, ainda sinto aqui. — Ele colocou seu punho no peito, depois levou até a cabeça do Harry. — Mesmo que aqui, não faça sentido. Você é inteligente o suficiente para saber que não foi sua culpa e tenho certeza que com o tempo vai sentir isso também.

— Talvez. E acredito que o ritual de purificação seja o que eu precise para me sentir melhor, Firenze me falou sobre isso, ele me disse que as vezes guerreiros e caçadores precisam limpar a energia da morte de seus espíritos, acredito que preciso fazer isso a muito tempo, Sirius, desde o dia em que meus pais morreram. — Harry começou a vestir sua roupa de treino e depois abriu a cortina e a janela para deixar o dia quente de verão entrar.

— Terry nos falou sobre isso e se você quiser posso te levar até Firenze no próximo fim de semana, mas também queremos, Serafina, Falc e eu, que você converse com o Martin também. — Sugeriu Sirius suavemente.

— Verdade? Você me levaria? E, claro que vou conversar com o Sr. Martin, eu deveria ter escrito a ele, mas era difícil escrever como me sentia sem contar sobre o que aconteceu e se eu contasse sem antes explicar para vocês, poderia ficar confuso. — Disse Harry vestindo seu tênis de corrida.

— Sim, eu o levarei, creio que um ritual de purificação seja exatamente o que eu precise também, não sei porque não pensei nisso antes. — Disse Sirius pensativo. — E hoje quando nos encontrarmos com Martin vamos tentar agendar alguns horários para você. Creio que duas vezes por semana até o fim do verão te ajudarão a lidar com tudo o que aconteceu, inclusive a morte de Quirrell.

— Ah, esqueci que vocês viram isso. — Disse Harry e tomando coragem, acrescentou. — Os Boots ficaram muito chateados?

— Claro que ficaram.... — Sirius parou ao ver o olhar desanimado do afilhado, seus ombros até caíram. — O que é isso? Eles não estão chateados com você e sim com Dumbledore e seus jogos, com o Quirrell e sua estupidez e, bem, Voldemort é um fator de fúria ininterrupta.

Harry, - CorvinalOnde histórias criam vida. Descubra agora