CAPÍTULO 64 - A Batida do Coração

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Na terça-feira o planejamento de ano novo se iniciou. Mais uma vez, a família estava comparecendo a festa dos Coltons e, desta vez, sua tia e Duda foram convidados. Harry deixou a família decidindo os detalhes e se concentrou nos importantes compromissos que tinha antes da volta para Hogwarts.

Serafina estava indo e vindo da casa de sua tia, auxiliando com as entregas das doações, mas, ainda encontrou tempo para testá-los sobre o conteúdo do último semestre. Professor Bunmi os intimou a passar uma tarde inteira em Oxford, onde ele analisou, corrigiu e debateu os seus estudos trouxa, leituras, relatórios e deveres. Com Serafina, Dudley não foi incluído, mas com o Prof. Bunmi sua presença foi requisitada e Neville folgou.

Ainda, ele e Neville se prepararam para a reunião com os administradores das Fazendas Potters. O encontro foi no primeiro andar da GER, onde estavam estabelecidos os Escritórios Blacks. Remus, que havia se tornado o contador de todas as renovadas Fábricas Blacks e não apenas da fábrica têxtil, tinha seu próprio escritório ali e Harry o cumprimentou com um abraço. Eles conversaram brevemente sobre a Mansão Potter e como Harry amou tudo, além de toda a diversão que teve no campo de quadribol e na piscina natural.

— Sirius me ensinou a mergulhar e não dei barrigada como um certo alguém. — Provocou Harry e Remus corou sorrindo.

— Sim, nadar não é um dos meus talentos. — Respondeu ele tímido.

— Eu adoro, prefiro mais do que voar ou mesmo cavalgar, que também é bem legal. — Disse Neville que estava ansioso para conhecer Stone Waterfall.

— Se tivéssemos tempo, adoraria levar todos para a Mansão, mas, teremos que esperar o verão. — Disse Harry e, neste momento Sirius entrou apressadamente.

— Estou atrasado? — Perguntou sorridente.

— Não. Nós viemos com o Sr. Falc e nos adiantamos porque ele tinha algumas coisas para resolver bem cedo. — Disse Harry e o elevador voltou a se abrir com os dois administradores.

Francisco Andrade era alto, branco e tinha cabelos pretos lisos e cumpridos presos em um rabo de cavalo e uma barba preta farta e bem aparada. Usava jeans, botas e camiseta, Harry pensou que ele parecia um vaqueiro hippie. Seu aperto de mão era firme e sua voz serena, na verdade, serenidade e amabilidade irradiava dele e Harry supôs que alguém em contato com a natureza seria do tipo zen.

Faith Summer era o oposto, ela também era branca, mas baixinha, loira e cheia de energia ansiosa. Seu aperto de mão era firme e agitado, sua expressão séria, quase tensa e seus ombros se mantinham erguidos como se tentasse parecer mais alta. Harry gostou dos dois, mas, enquanto um parecia viver em eterna paz, o outro parecia angustiantemente ansiosa. No entanto, pareciam se dar bem e Harry teve a impressão que gostavam de trabalhar juntos, o que o agradou muito.

— Sr. Potter, Falc nos contou que a ideia das Feiras foi do senhor e passei o último mês debruçada sobre os números. — Disse Faith direta, assim que se sentaram na mesa de reunião.

— Srta. Summer, apenas Harry, por favor. Eu posso ser seu chefe, mas sou muito jovem para ser chamado de senhor, além disso, toda essa formalidade é desnecessária. — Disse Harry suavemente.

— Bem, se vamos ser informal, pode me chamar de Faith, então. — Disse ela sorrindo, mas ele só durou um segundo, séria e tensa, Faith continuou. — Em teoria, as Feiras de vendas estão ultrapassadas, cada vez mais o mundo segue na direção de grandes shoppings, hipermercados, alimentos rápidos e industrializados. Existem alguns nichos em que as Feiras ainda se mantêm vivas e com relativo sucesso. Cidades pequenas ou vilas rurais, por exemplo e comunidades naturalistas que estão crescendo a cada dia devido à preocupação com contaminação dos alimentos por agrotóxicos químicos. E, felizmente, no mundo mágico temos uma cultura que é uma combinação disso tudo e nos permite acreditar que as Feiras poderão ser um sucesso.

Harry, - CorvinalOnde histórias criam vida. Descubra agora