CAPÍTULO 86 - Não estamos sozinhos

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Revisão gramatical feita pela Débora! Obrigada


Sentado no banco ao lado da janela no compartimento do Expresso de Hogwarts, Harry observava como lentamente a paisagem urbana se tornava mais e mais campestre. As casas se tornavam mais escassas, aumentando os campos, florestas, plantações e vales.

O trem deixou a plataforma às 11 horas, como sempre, mas faria a viagem em menos tempo do que o habitual, então eles esperavam chegar a Hogwarts às 15 horas e terem tempo para desempacotar suas coisas antes do jantar. Harry, particularmente, tinha muito o que fazer no dia de hoje, antes de as aulas começarem amanhã, pois sabia que os professores estariam mais exigentes do que nunca com a proximidade dos exames, isso sem falar em seus treinamentos, aulas extras e o treinamento de quadribol, que se intensificaria com o jogo final ao virar da esquina.

Enquanto os seus amigos jogavam ou liam, Harry manteve-se observando a paisagem e se lembrando da conversa com sua tia Petúnia na noite anterior. Eles se despediram antes de ela e Duda partirem para Evans House, pois sua tia não os acompanhariam para a estação naquela manhã.

— Tanto Duda quanto eu temos aulas bem cedo, Harry, infelizmente a nossa semana começa amanhã. — Ela disse, depois de abraçá-lo. — Muito obrigada pelo fim de semana incrível e pelo Melyn, era exatamente o que o Duda precisava para se animar, e acho que eu também.

— De nada. — Harry disse timidamente. — Fico feliz que vocês tenham se divertido em Stone Waterfall.

— Harry... — Ela se sentou no sofá e bateu suavemente no espaço ao seu lado, onde ele se sentou, curioso. — Eu não pude deixar de perceber o quanto você ama Stone Waterfall e como se sente iluminado, orgulhoso e feliz por estar na casa da família Potter.

— Stone Waterfall é o meu lar, tia, pois eu sou um Potter. — Harry disse lentamente. — A senhora encontrou lembranças, carinho, amor e não sei o que mais de positivo ao voltar a Evans House e fazê-la o seu lar. Quando estou em Stone Waterfall, encontro amor, raízes e tantas outras coisas que não sou capaz de nomear e que me fazem sentir inteiro, forte... — Ele a olhou. — Eu. Harry James Potter.

— Você está planejando se mudar para lá quando alcançar a maioridade? — Ela perguntou o encarando diretamente, e Harry não pode mentir.

— Antes. — Ele sussurrou sincero, e, ao ver sua expressão chocada, contou seus planos. — Bem, é isso, e espero que possa entender.

— Entendo. — Ela apertou as mãos, emocionada. — Apenas... lamento te perder antes do que eu supunha.

— A senhora não me perderá. — Harry disse, e a abraçou com força. — Sempre seremos família, e será bem-vinda para vir morar comigo, principalmente quando a guerra recomeçar, pois aqui não será seguro sem a proteção da mamãe.

— Acredita que poderíamos colocar a proteção de Lily em Stone Waterfall? — Ela perguntou quando ele se afastou.

— Não sei, sinceramente. — Harry suspirou. — Preciso começar a aprender sobre alas, mas, enquanto isso, podemos pedir para que a Sra. Serafina descubra para nós; só, por favor, não conte dos meus planos. Apenas diga... que pensou nisso em caso de uma emergência durante a guerra.

— Por que não quer que eles saibam? — Ela questionou confusa.

— Eles às vezes não percebem que precisam me soltar. — Harry disse. — Sinto que eles precisam tentar compensar o passado, o que perdi e sofri, mas, a cada dia, eu não preciso mais de compensações. — Ele sorriu timidamente. — Eu sou amado e feliz... — Seus olhos brilharam de emoção. — Até o seu amor eu tenho, então preciso seguir em frente, e não quero lutar contra eles.

Harry, - CorvinalOnde histórias criam vida. Descubra agora