— Olá! Vocês viram um sapo? Neville aqui perdeu um. — Disse a menina com voz alta e imperativa. Terry olhou para Harry, a comunicação silenciosa entre os dois foi rápida e logo depois o menino mais alto respondeu:
— Não, não vimos. — Olhando para o garoto sem sapo perguntou. — Onde você o viu pela última vez? Talvez ele esteja escondido por lá? — Sugeriu tentando ajudar.
Neville suspirou choroso, obviamente, seu sapo lhe era importante, pensou Harry.
— Não lembro, não percebi quando o perdi, ele está sempre fugindo de mim.
— Ele vai aparecer. — Disse Harry gentilmente.
— Ok, obrigada. Vamos Neville! Vamos mais para o fundo do trem, é melhor nos separarmos, cada um, pergunta em um comparti...
A menina com cabelos cacheados saiu falando rapidamente e arrastando um atordoado Neville, sua voz se perdendo pelo corredor e desaparecendo depois que a porta se fechou automaticamente.
Eles ficaram em silêncio por um instante, meios atordoados e com pena do pobre Neville. Terry, então disse, pensativamente.
— Sabe, acho que foi por isso que minha mãe não me deixou pegar um animal de estimação. Quer dizer, eu não queria um sapo, eles não são nada divertidos e uma coruja não é muito necessária porque em Hogwarts tem um grande corujal e meus pais tem uma coruja forte que está conosco desde que eu era pequeno, ele se revezará entre nossa casa e a escola. King gostará do exercício. — Suspirando acrescentou. — Eu queria mesmo um gato, os meios amasso são muito inteligentes, mas, minha mãe disse que eles exigem muita atenção, ela e papai querem que eu me adapte à escola primeiro e mantenha minhas notas no topo. Mas, ela me prometeu que se minhas notas estiverem entre as 10 melhores do nosso ano, no meu terceiro ano, eles me darão um de presente.
Assentindo, Harry se perguntou quão inteligente Terry seria, se seus pais esperavam notas tão boas. E, não pode deixar de imaginar se seus pais teriam a mesma expectativa sobre ele, caso estivessem vivos, mas, Harry não era se acreditava tão inteligente assim. Na escola trouxa, suas notas eram apenas médias, nada excepcional, pensou, ainda que ele admitisse para si mesmo que nunca fizera grande esforço. Sentiu um peso entranho no estômago, algo nunca sentido antes, Harry não sabia bem o que era, mas, de repente, ele estava ainda mais preocupado com ficar por último nas aulas.
Olhando para sua coruja, ele não pode deixar sorrir, ela fora seu primeiro presente de aniversário.
— Bem, Edwiges foi um presente e eu não tenho ninguém para escrever, na verdade, mas ela é incrível, muito inteligente e uma boa companhia, as vezes acho que entende tudo o que falo para ela.
— Sim, King também é assim, ele sempre sabe quando precisamos dele, precisamos apresentá-los, Harry, aposto que eles vão se dar bem. — Disse Terry com sorriso animado. — Um gato precisa de mais cuidados, ainda que sejam bem inteligentes e independentes também, eu fiquei chateado quando não consegui um esse ano, mas, vendo Neville, não posso deixar de pensar que mamãe estava certa.
— Não se chateie, você vai ganhar um logo, quem sabe até no próximo ano, se suas notas forem bem boas. — Disse tentando animá-lo. — Você ia me falar sobre a sua mãe...
— Bem, acredito que, talvez, o que mamãe vivenciou explique porque meus pais não confiam no Ministério da Magia, mas, nem todos pensam assim, Harry, portanto, você vai encontrar outras histórias diferentes, de pessoas que confiam e aceitam tudo o que o Ministério diz como verdade absoluta. Você tem que descobrir por si mesmo o que você pensa ou acredita, bem, pelo menos é o que vovô Bunmi sempre me diz, sabe, "Nunca pense pela cabeça dos outros Terry, pense, observe, analise e descubra por si mesmo". — Terry disse imitando uma voz com sotaque desconhecido, o que levou Harry a rir. Seu riso, claro, fez Terry arregalar os olhos e corar ao perceber o que havia feito e, Harry, ao ver essa expressão, não se conteve e riu ainda mais segurando a barriga, o que contagiou o garoto moreno, que começou a rir também.
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Harry, - Corvinal
AdventureO que aconteceria se, em sua primeira viagem para Hogwarts, Harry se sentasse com alguém diferente, alguém mais inteligente e inquisitivo, com conhecimento e sensibilidade para perceber e questionar tudo o que não faz sentido. E se isso levasse o Ha...