CAPÍTULO 26 - O Direito à Liberdade

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Sua declaração de representação causou surpresa ao jovem Secretário, Sr. Balmat, mas mostrando inteligência e agilidade mental, ao em vez de questionar tal afirmação, gesticulou para uma mesa redonda de reuniões em sua sala o convidando para sentar. Agradecendo Falc se sentou e apresentou a Declaração que o autorizava a falar por seu cliente, assinado a poucos dias.

— Muito bem, agora quero as provas que você afirma ter de que o Sr. Black é um prisioneiro de guerra e não um prisioneiro julgado e devidamente condenado por seus crimes. — Disse o Secretário Balmat com firmeza.

— Aqui está o arquivo do processo de prisão do Sr. Black legalmente copiados da área de arquivos de processos antigos do Tribunal de Justiça da Suprema Corte Bruxa, no Ministério da Magia. — Apresentou Falc e observou os olhos do homem se estreitarem com a informações contidas.

— Isso é tudo? — Perguntou e sua voz se tornou cortante.

— Sim, Sr. Secretário e acredite eu me senti igualmente chocado. — Falc disse educadamente.

— Uma ordem de prisão assinada pela Ministra Bagnold condenando o prisioneiro Sirius Black a vida em Azkaban pelo crime de traição e assassinato em massa, depois que provas irrefutáveis e testemunhas serem ouvidas, além do flagrante dos crimes de assassinato. — Sua voz pareceu ficar ainda mais furiosa enquanto lia a única folha na pasta. — E diante do fato de que ele cometeu o crime de traição e espionagem contra o Governo, e com tantas e incontestáveis provas, o prisioneiro é sumariamente condenado e enviado a Prisão Bruxa do Reino Unido, Azkaban, sem julgamento por decisão do Ministério da Magia.

Falc observou enquanto o homem andava de um lado ao outro tentando se acalmar e não o interrompeu, apenas aproveitou esse tempo e organizou na mesa as inúmeras provas da inocência de Black.

— Sr. Secretário Balmat? — Falou respeitosamente, pois viu que ele se acalmara e agora olhava para Londres pela janela do escritório, levantando-se olhou na direção que o Secretário encarava e percebeu que daquele ponto tinha se uma visão parcial da entrada do Ministério da Magia. — Também gostaria de vê-los punidos, Sr. Secretário e a justiça que eu tanto prezo restaurada, mas tenho informações ainda mais graves, senhor.

Olhando para ele e depois para a mesa com muitos mais papeis que minutos antes, o Secretário perguntou:

— Mais grave do que o crime hediondo de um governante se achar acima das leis desse país, de Sua Majestade e da ICW e condenar um homem a prisão perpétua sem lhe dar o devido direito a um julgamento? — Seu tom era incrédulo.

— Sim, Sr. Secretário, porque aqui comigo tenho provas da inocência do meu cliente, provas essas, que um recém-formado auror competente teria descoberto se lhe fosse dado a oportunidade de investigar. Um julgamento talvez nem fosse necessário, mas dada a chance de um, o advogado de defesa do meu cliente poderia ter conseguido sua inocência facilmente. — Falc falou com segurança e viu a expressão do outro homem empalidecer.

— Por Odisseu! Você quer dizer que além de tudo eles prenderam um homem inocente? Mas o que sobre as provas incontestáveis e testemunhas? A grave acusação de traição e espionagem? — Sr. Balmat se aproximou da mesa e parecia possesso.

— São todas circunstanciais, Sr. Secretário, algumas coisas eu diria boatos.

— Mas e sobre o flagrante? — Perguntou ele chocado.

— O flagrante talvez fosse o mais difícil de provar, mas tenho aqui uma memória entregue legalmente pelo meu cliente e posso atestar que ela mostra que ele não foi o responsável pela explosão que causou a morte de 12 pessoas. — Afirmou Falc apontando para as memórias sobre a mesa.

Harry, - CorvinalOnde histórias criam vida. Descubra agora