Ginny Weasley teve as melhores férias, bem, depois do começo complicado e com a ausência sentida de seu irmão favorito. Mas, não se pode ter tudo, não é mesmo?
O Natal foi o mais divertido e saboroso, o presente de Harry, que se tornou um presente para toda a família e não apenas para os gêmeos, foi um grande sucesso. O trabalho novo do seu pai, que lhe rendia algumas boas gorjetas, além de um ótimo salário, trouxe um grande sorriso ao rosto dele e um ar de tranquilidade para sua mãe que parecia estar com os ombros mais leves.
A família foi apenas duas vezes ao renovado Beco e puderam se divertir, comer e comprar pequenas coisas, o que tornou todos mais felizes e animados. Ginny pediu a seu pai uma nova varinha, mas, sua mãe pisou firme e disse que no próximo verão, se as coisas continuassem boas, eles lhe atenderiam esse pedido. Isso não a deixou completamente feliz, mas lhe deu esperança, assim, se contentou com novas penas e um novo sapato.
Ginny também passou um bom tempo com os gêmeos, eles não estavam tão secretos, pois queriam despistar a Sra. Weasley, que os observava com olhos de falcão.
— O melhor é não fazermos nada misterioso, vamos apenas terminar nossos deveres de casa e estudar, pois não quero que ela descubra o que estamos fazendo. — Disse George, incentivando um rabugento Fred a se comportar.
— Vocês não me contarão o que não querem que ela descubra? Eu posso manter segredo, sabe. — Disse ela fazendo o seu dever ao lado deles, Ron ainda nem pegara os seus e Percy os terminara antes de deixar a escola.
— Nós sabemos, Ginnypop, mas não podemos falar nada, estamos sob contrato. — Disse George distraidamente. — Não é uma questão de confiança, sabe.
Ginny acenou e se sentiu melhor sobre o afastamento deles nos últimos meses ao saber disso.
— Tem a ver com o Harry? — Sussurrou ela curiosa e seus irmãos acenaram.
— Ainda está apaixonada por ele, Ginnybaby? — Fred perguntou provocante.
— Nunca fui apaixonada por ele, seu tolo, apenas gostava dos seus livros, as histórias e agora sei que é tudo mentira. — Disse ela e corou um pouco apesar das palavras. — Apenas, Harry foi muito legal comigo e eu... não muito com ele.
— Bem, não se preocupe com isso, Harry é muito legal e não guarda rancor nem nada. — Disse George pensativo e olhou para a irmã. — Ele estava preocupado com você depois do ataque a Luna e até pediu para ficarmos de olho, ter certeza que você estava bem, sabe.
— Ele... disse isso? — Ginny gaguejou assombrada.
— Sim, ele tem essa ideia boba que você poderia ser um alvo. Dissemos a ele para não se preocupar. — Disse Fred distraído ao revisar seu dever de Transfiguração.
Saber disso a fez se sentir tão bem que era indescritível a sensação. Quer dizer, ele não estava com raiva dela, como disse Tom, ele não a esqueceu depois da petrificação da Luna, como disse Tom. E, Tom também disse que o Harry só conversou com ela porque a Luna estava por perto, o que quer dizer que ele gostava da Luna e não dela, mas, isso não era verdade também.
Foi como se, de repente, os últimos meses que estavam meio nebulosos e confusos, entremeados de medo, insegurança e ansiedade, ficassem claros e Ginny estava completamente confusa com suas atitudes. Ela não era assim! Não era hesitante e insegura, não era um ser gaguejante e covarde, mas, foi assim que esteve agindo e não conseguia entende o porquê. Ela sentia que devia conversar com alguém, mas, o medo que seus pais a considerassem fraca, a calou, o medo de estar enlouquecendo, a calou, o medo de que eles acreditassem que não estava pronta para Hogwarts, a calou. No entanto, tudo isso a assombrou porque ela não era fraca! Ela não estava louca! E, ela estava pronta! Então, porque?
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Harry, - Corvinal
AventuraO que aconteceria se, em sua primeira viagem para Hogwarts, Harry se sentasse com alguém diferente, alguém mais inteligente e inquisitivo, com conhecimento e sensibilidade para perceber e questionar tudo o que não faz sentido. E se isso levasse o Ha...