NA: Revisão gramatical feita pela Débora!
Ao subir para o seu quarto depois da reunião daquela noite, Harry observou seu padrinho sair com Remus, e suas expressões sombrias o fizeram lembrar de que eles estavam indo a uma importante missão.
Suspirando, Harry se perguntou se Rabicho entendia completamente a destruição que suas ações tinham causado nas vidas de todos. O rato traidor podia não ser diretamente responsável pela morte de Caradoc Dearborn, mas ainda era possível que tivesse tido alguma participação. Harry acreditava que Moody o interrogaria em busca dos detalhes de suas traições, pois, afinal, o velho auror tinha sido um membro da Ordem da Fênix e quereria respostas.
Ao entrar no quarto, Harry encontrou Edwiges lhe esperando, e ela tinha uma carta em sua perna.
— Ei, você foi buscar uma carta de alguém para mim? Hermione? — Perguntou Harry carinhosamente e, depois de lhe retirar a carta, colocou água fresca e petiscos em seu poleiro de tronco de árvore. Edwiges piou em agradecimento e Harry lhe acariciou as penas distraidamente ao olhar para a carta. Imediatamente, ele abriu um amplo e alegre sorriso ao reconhecer a letra. — Guinevere. — Sussurrou, sentindo uma quentura gostosa se instalar em seu ventre.
Ele se sentou na poltrona perto da janela e abriu a carta rapidamente.
Olá, Harry,
Espero que esteja tendo boas férias e que tudo tenha corrido bem em seu almoço especial. Por aqui, comemos muito, como sempre. Minha mãe faz a comida mais deliciosa e sempre tenta me ensinar, mas prefiro as suas aulas de culinária, não sei bem por quê. Não tinha percebido (até ver a Edwiges nas árvores) que estou com saudades de você, e espero que essa semana passe o mais rapidamente possível.
É estranho, eu estava tão ansiosa por ver meus pais, me conectar com eles, ouvir suas vozes, sentir os seus cheiros..., mas esses últimos dias foram difíceis. Os problemas que o Percy causou me fizeram repensar minha semidecisão de contar a eles sobre o diário, e admito que isso me causou um certo alívio. Infelizmente, esse segredo não me permitiu me conectar com eles como eu pensei que aconteceria.
Durante as férias de Natal, eu estava com tanto medo e insegura, mas não senti que estava mentindo para eles. Agora é diferente, pois sei que estou mentindo, e isso é como uma parede entre mim e eles.
Então, papai chegou hoje em casa em estado catatônico.
Você já deve ter sido informado sobre a captura de Pettigrew, mas o que você não sabe é que ele esteve escondido como o rato de estimação dos meus irmãos por mais de 11 anos. Durante todo esse tempo, o traidor responsável pela morte dos seus pais esteve escondido em nossa casa, e isso abalou meu pai de uma maneira que jamais vi. A mãe é mais prática, e, como estamos todos bem, ela quer esquecer tudo e seguir em frente.
Papai está sofrendo, Harry, eu posso ver isso, e me parte o coração vê-lo assim. Quero ajudá-lo, mas ainda sinto aquela parede me mantendo longe, apenas sei que devo derrubá-la e parar com as mentiras. Meu pai foi cruelmente enganado por 11 anos, inclusive por si mesmo em sua desatenção, e não merece que eu minta para ele também.
No entanto, não tenho coragem de contar agora, pois sei que o que me aconteceu será outro duro golpe para ele. Estou me sentindo confusa e perdida, gostaria de voltar para Hogwarts já, ir às aulas, jogar quadribol e não pensar sobre isso até o verão. Também gostaria de vê-lo e conversar com você pessoalmente. De repente, esses dias extras de férias parecem não ser tão bons.
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Harry, - Corvinal
AventuraO que aconteceria se, em sua primeira viagem para Hogwarts, Harry se sentasse com alguém diferente, alguém mais inteligente e inquisitivo, com conhecimento e sensibilidade para perceber e questionar tudo o que não faz sentido. E se isso levasse o Ha...