CAPÍTULO 85 - Lar

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NA: Revisão gramatical feita por Débora! Obrigada!


Harry se sentia mais do que animado naquele sábado de manhã. A família toda estava pronta, com mochilas e caixas preparadas para um fim de semana em uma casa que ficou muitos anos desabitada. Sra. Serafina separou comidas, roupas de cama e banho, utensílios de cozinha e limpeza, e Harry teve que se controlar para não revirar os olhos e dizer que Stone Waterfall tinha tudo o que eles precisavam. Apenas comida seria necessária, mas ele escolheu deixá-la organizar tudo à sua maneira.

Dobby, saltitando de animação, levou as caixas e mochilas pessoais de todos para a mansão, onde pretendia abrir as janelas, acender as lareiras e trocar as roupas de cama. Assim, eles teriam pouco a fazer e poderiam partir sem problemas... ou quase isso.

— Eles estão sempre atrasados. — Terry disse para um Harry impaciente. — Você já deveria ter se habituado.

— Sim, mas... — Harry gesticulou com as mãos impacientemente, sem ter o que dizer, e apenas continuou andando de um lado para o outro da sala de estar da mansão Boot de Londres.

Dobby já estava preparando a casa para a chegada deles, mas Harry queria ir primeiro, e Sirius o aguardava para eles abrirem a sua casa e recepcionarem os convidados, mas ele queria cumprimentar os Weasley antes de partir. Hermione e seus pais tinham chegado há pouco, aparatados por Falc e Serafina. Neville avisou que poderia aparecer apenas no domingo, pois hoje ele estava se despedindo de seus pais, e os três amigos Weasley estavam atrasados, como sempre.

Olhando pela janela, Harry fez uma careta para a chuva fina e fria que caía constantemente. A tempestade se fora, mas o céu continuava carregado de nuvens cinza chumbo, que tornavam o dia acinzentado e triste. Sua tia Petúnia ficou muito zangada com seu passeio pela chuva no dia anterior, mas Sirius e Harry apenas riram descontroladamente durante a sua bronca. Ela finalmente desistiu e os enviou para um banho quente e roupas secas, enquanto preparava um chá quente e um almoço saboroso.

Olhando para o padrinho, Harry o viu sorrir com malícia para Denver, de algum comentário sugestivo, se o rosto corado da auror pudesse ser considerado como pista. Remus se sentava com o Sr. Boot, ambos concentrados nas notícias dos lobisomens que chegaram no fim da tarde de ontem.

Todas as matilhas decidiram assinar os Tratados. Todos os lobisomens, de todas as matilhas e grupos. Harry ainda não tinha absorvido completamente essa notícia, e ele tinha que admitir que a alegria estava de mãos dadas com o choque.

— Parece que Travers foi convencido por Belle a se juntar com seus homens. — Remus disse suavemente ao Sr. Boot. — Ela apelou para sua lealdade aos seus irmãos lobos, que precisam mais dele do que o seu irmão assassino de crianças.

— Isso é maravilho...

Harry voltou a andar na direção da janela e se afastou da conversa, pensando que Travers era o menor dos problemas da ilha, mas com certeza seria um deles. O ritual seria escolhido neste fim de semana, e Harry sabia qual ele queria, mas também sabia que seus adultos iriam protestar. Os Tratados seriam assinados no dia seguinte, os lobisomens se mudariam para a ilha e, quando estivesse tudo pronto, o ritual seria realizado. Era real, Harry pensou, a ideia que tivera há meses e meses atrás, que arrancou olhares incrédulos de muitos, estava mesmo se tornando real. Isso só aumentava a sua crença de que tudo era possível...

O barulho do flu interrompeu os seus pensamentos e Ginny apareceu, caminhando para fora do fogo elegantemente, sem um único tropeço.

— Harry! — Ela abriu um largo sorriso quando o viu. — Desculpe o atraso, minha mãe... — Mas ela se calou quando Harry a abraçou fortemente.

Harry, - CorvinalOnde histórias criam vida. Descubra agora