CAPÍTULO 54 - Caçado

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Harry estava sentado na mesa em seu quarto analisando os dados que tinha até agora em sua investigação improvisada. Suspirou, cansadamente, Luna, parecia um beco sem saída, sua família era puro-sangue, não antiga, importante ou rica, seu pai publicava o jornal, O Pasquim, que era encarado como uma piada pelo mundo bruxo, por causa da sua tendência a escrever as reportagens com um toque de humor ou falar sobre assuntos controversos. De suas perguntas sutis, os gêmeos ajudaram com isso, os Lovegoods e os Malfoys não tinham nenhuma rixa. Na verdade, eles disseram que era sua família que tinha problemas com a família de Lucius Malfoy e explicaram em detalhes como seu pai lançou ataques a Mansão Malfoy por objetos de magia negra, além, da veemente oposição de Lucius ao projeto de lei de Proteção aos Trouxas escrita, brilhantemente, por Arthur Weasley.

Isso criou uma nova linha de investigação e muito o que explorar, era possível que o ataque visava Ginny? E, por algum motivo quem foi petrificada era sua melhor amiga? Ou talvez a intenção era machucar sua amiga para fazê-la sofrer... Teoria improvável, mas não impossível, não com tantas variáveis desconhecidas. O que deixava a pergunta, onde estava Ginny Weasley na hora do ataque do Halloween?

Se conseguisse se aproximar da menina, delicadamente, talvez, conseguisse que ela lhe falasse mais sobre aquela noite e Luna. Moody deve ter lhe interrogado e não encontrou nada, assim, não deveria ter nada para descobrir, mas não custaria fazer algumas perguntas ele mesmo, decidiu Harry, e sinalizou isso em sua agenda especial de investigação. Ele também tentou saber mais sobre a câmara secreta, mas tinha quase nenhuma informação, discretamente, ele se aproximou dos professores mais antigos e foi sutilmente incentivado a não fazer perguntas, McGonagall de maneira mais veemente e Slughorn praticamente fugiu dele. Era óbvio que os dois sabiam de alguma coisa e isso lhe mostrava que havia algo ali para descobrir, mas o que? E, a quem perguntaria? Dumbledore? Ironicamente, ele lhe pareceu o menos propenso a não o deixar no escuro, provavelmente, porque queria usar o que estava acontecendo para prepará-lo para cumprir a profecia.

Outra questão era como Voldemort poderia estar em Hogwarts? Dumbledore não parecia estar mentindo e não tinha motivos para isso, na verdade, ele se mostrou desconcertado porque também acreditava que Voldemort era o responsável. Se ele estava agindo de maneira indireta, controlando alguém por magia ou guiando alguém que acreditava em suas crenças idiotas como Quirrell, esse alguém teria que ser um ofidioglota, mas esse era um dom raro... bem, não tão raro assim, afinal, ele mesmo era um. Era possível que Voldemort ou Malfoy encontrou outro ofidioglota e o estava liderando a um objetivo, matar nascidos trouxas parecia o mais óbvio, mas poderia haver outros. Mas... o basilisco chamaria alguém mais, além de Voldemort, de mestre? E, se não fosse um ofidioglota novo, como Voldemort poderia estar controlando o basilisco?

Harry fechou os olhos tentado encontrar outra possibilidade, havia tanto sobre a magia que não entendia, na maioria das vezes tudo era novo e surpreendente. Mais do que nunca desejou que seus pais estivessem vivos, desejou ter crescido com eles e aprendido, estar aprendendo... poderia lhes escrever e... Suspirando, engoliu o bolo que se formou em sua garganta, não adiantava ficar pensando no impossível, tinha que se concentrar no concreto, como.... Seus olhos se abriram subitamente com o pensamento, concreto, voltou a olhar para as suas anotações.

- Voldemort não estava em Hogwarts. (Concreto)

- Malfoy é um comensal da morte. (Concreto)

- Malfoy foi investigado e sua casa vasculhada em busca de objetos amaldiçoados meses antes da visita do Dobby. (Concreto)

- Nada foi encontrado. (Concreto)

- Dobby disse que Malfoy tinha um alvo e que Harry não o conhecia. (Concreto)

Harry, - CorvinalOnde histórias criam vida. Descubra agora