Capítulo 15 •Despedida

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Acordei mais cedo do que deveria

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Acordei mais cedo do que deveria. Não conseguia parar de pensar na noite que tive com Noah. Foi tão bom, e pensar que só irei ter isso daqui a um mês me faz ter náuseas. Me levantei, pedi nosso café da manhã e fiquei observando seu corpo desfalecido na cama com apenas um lençol cobrindo suas partes íntimas e ele ressonando alto. Ri daquilo, não chegava a ser um ronco, era mais como um pequeno grunhido.

Acho que fiquei tanto tempo o observando que quando dei por mim já eram oito da manhã, ele deveria acordar ou perderia o voo que seria às onze. Entro no banheiro primeiro – para deixá-lo descansar um pouco mais – escovo meus dentes, lavo o rosto e faço minhas necessidades, tudo depois de um banho quente incrível.

—Noah: Josh? -–Escuto sua voz ecoar pelo quarto e logo ele solta um palavrão em espanhol – não sei porque, mas ele parece ter gostado de falar espanhol comigo – saio do banheiro e o vejo com um travesseiro tapando o rosto para abafar o grito que ele dá.

—Josh: Bonjour, chèri -–Parecendo espantado, ele tira o travesseiro do rosto e suspira parecendo aliviado –O que aconteceu? Estava gritando –Seu rosto fica corado e ele ri de canto.

—Noah: Achei que havia ido embora –Morde o lábio inferior me olhando.

Ando até a cama e me deito ao seu lado.

—Josh: E perder a oportunidade de ver essa sua carinha de sono junto com a babinha seca de canto de boca? –Seus olhos se arregalam e ele levanta e corre até o banheiro, se trancando lá por um tempo.

Apenas dou risada de seu desespero. Logo depois de alguns minutos ele sai, a cara de sono ainda está presente, mas parece ter lavado o rosto e escovado os dentes. Noah vem e se deita ao meu lado novamente, me olhando.

Puxo seu rosto e lhe dou um beijo carinhoso, com calma. Ele geme baixinho com a boca ainda colada à minha e tenta subir em cima de mim, mas eu não deixo e o empurro novamente para o seu lugar.

—Josh: Você vai se atrasar –Revira os olhos e faz um bico que eu desmancho com um selinho molhado –Pedi café da manhã, mas te aconselho a tomar café lá em casa, ou a dona Úrsula vai me matar –Ele ri e olha para a mesa ao nosso lado.

—Noah: Estou com tanta fome –Me olha e eu dou de ombros.

—Josh: Coma uma fruta, e vamos para casa –Noah assente, se levanta, pega um cacho de uvas e nós nos arrumamos para irmos embora.

Quando estamos no carro ele suspira e se reclina no banco, me olha com um sorrisinho que eu percebo pela visão periférica.

—Josh: O que há?

—Noah: Obrigada por essa noite, foi...

—Josh: Bom?

—Noah: Incrível... Pena que só terei mais disso daqui a trinta dias –Cruza os braços e bufa como uma criança birrenta.

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