Cidade dos Mortos

Alice seria louca

A área de leilões...

E lá estava o lugar proibido, e eu observando tudo como uma espiã para os Vultures.

Seria cômico se não fosse trágico.

Avanço pela área que estava escura. Não parecia haver ninguém ali, nenhum sussurro. Nada. O som da música parecia abafada, começo a vasculhar procurando algo. Viro a esquerda como a mulher sugeriu.

E tudo que encontro é um longo corredor negro junto da silhueta de uma pessoa que parecia limpar o chão.

— Olá — Diz a voz de um homem — Procura alguma coisa?

— Eu... quero falar com o Judge.

— Não está tendo mais leilões — Ele responde — Estamos fechados por enquanto, sinto muito.

O homem continua a limpar o chão com algo que não identifico, respondo:

— Não é sobre o leilão.

Ele parece se interessar na conversa, deixando o objeto de lado.

— O que quer?

— Apenas que conversar.

— Interessante garota — Responde — Bem... sinto muito, não vai falar com você a menos que tenha solicitado a visita.

— Eu... não tenho como falar com ele?

O homem não responde e meu sangue começa a ferver, a vinda até aqui... todo o esforço... inútil.

Não havia nada nos arquivos que Ravi me deu sobre como encontrar os Punisher, e eu não queria insistir com aquelas pessoas quando poderiam muito facilmente me matar.

E minha morte bem... minha existência não era mais tão inútil a ponto de eu poder simplesmente arriscar dessa forma. Então apenas me viro e começo a fazer planos sobre como contar aquilo para Ravi, planejando uma lista extensa de palavrões por ter me feito ir até aquele lugar por nada.

Mas assim que me viro sinto uma forte pancada na cabeça, e tudo ao meu redor escurece.

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— Oh... parece que a ratinha está acordando...

— Gostaria de conversar com ela senhora? Se não quiser posso dar um jeito na garota agora mesmo, mas estava em dúvida se iria-

— Não, você fez certo meu belo comissário... pode deixá-la aí, nós certamente temos muito para conversar.

Sinto minha cabeça latejar enquanto tento abrir os olhos que estão terrivelmente pesados.

— Onde... onde eu estou?

Olho ao redor e me vejo em uma sala pequena e escura. Com apenas uma luz em cima de uma mesa na minha frente, a placa prateada se destacando:

"The Judge"

E uma pessoa.

— Acordou então... que bom, fico meio sem paciência quando as pessoas demoram muito para acordarem.

Olho para aquela pessoa... para a Judge. Ou o que quer que ela fosse. Fico surpresa ao descobrir que se trata de uma mulher, me sinto meio mal por ter presumido que era um homem.

Usava um terno preto com uma gravata vermelha, além de luvas escuras, seu cabelo castanho claro caia pelo rosto que era difícil de se ver por conta da cartola coberta de rosas vermelhas.

Eu sentia que olhava diretamente para a morte.

— Já terminou de admirar? — Zomba de mim — Não tenho muito tempo lindinha, porque não vamos direto para os negócios?