Acordo com a luz do sol me cegando, tudo parece brilhar demais, olho para o lado e Claire está encarando o nada, pensamentos flutuantes e rosto impassível.
Lentamente ela vira os olhos azuis frios para mim.
— Você está acordada.
Balanço a cabeça.
— O que está fazendo aqui? — Pergunto.
Dá de ombros.
— Queria te ver.
Ela olha para mim e ao mesmo tempo não olha.
— Emma — suspira — Qual é o nome da organização na qual você se envolveu mesmo?
— Volture... por quê?
— Você disse algo... sobre um homem chamado Ravi que te trouxe até aqui de submarino, certo?
Rapidamente eu me levanto, indo até ela.
— Por que está me perguntando isso? — Minha voz tenta não sair desesperada, mas falha.
— Por nada — muda de assunto — Eu bem... deixa quieto, apenas curiosidade.
Com isso Claire move a cadeira até a porta, não acredito nas palavras dela, ela não se lembraria do nome de Ravi apenas porque citei uma vez, aí tem coisa. Mas tenho coisas mais importantes para lidar no momento.
— Espere... eu...
Ela se vira.
Solto um suspiro.
— Preciso de... mais comida — Explico.
Faz uma cara de confusa, tentando entender, chego mais perto dela.
— A senha que você me deu, eu encontrei-
Não consigo terminar pois de repente um baque alto soa pelo quarto e vejo que Claire caiu de sua cadeira de rodas.
— Aí meu Deus! — Corro para ajudar — como você...
Rapidamente a coloco na cadeira novamente, por sorte parecia não ter se machucado.
— Você está bem? — Pergunto preocupada.
Ela balança a cabeça.
— Eu... estou, obrigada — sorri de maneira forçada.
Com isso se move novamente até a porta, como se nada tivesse acontecido.
— Se precisa de mais comida eu trago, não se preocupe.
Então ela sai, me deixando sozinha e com a cabeça pipocando em perguntas.
E a principal delas era:
Por que Claire se jogaria da cadeira de propósito?
✯ ━━━ •𓆩♛𓆪• ━━━ ✯
O corredor da prisão estava calmo e quieto, depois de ontem à noite era fácil seguir o mesmo caminho, indo em direção a prisão escondida. Quando enfim chego, encontro olhos cansados e sem vida — vamos deixar a piada previsível para outro momento, sim? — sinto um arrepio na nuca, me encaram ansiosos, como se eu fosse uma espécie de última esperança.
Não que eu fosse algo além de uma idiota.
— Não esperava te ver tão cedo, achei que nem a veria mais — Ali solta uma risada seca.
Soraya, a mãe da menina enferma, dá uma cotovelada nele.
— Isso é jeito de se falar com alguém que está tentando ajudar? — Rosna.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cidade dos Mortos
Mystère / Thriller🥉 3º 𝐿𝑈𝐺𝐴𝑅 𝐶𝑂𝑁𝐶𝑈𝑅𝑆𝑂 𝑅𝐴𝑃𝑂𝑆𝐴𝑆 𝐿𝐼𝑇𝐸𝑅𝐴́𝑅𝐼𝐴𝑆 𝐶𝐴𝑇𝐸𝐺𝑂𝑅𝐼𝐴 𝑆𝑈𝑆𝑃𝐸𝑁𝑆𝐸 🎖 𝑀𝐸𝑁𝐶̧𝐴̃𝑂 𝐻𝑂𝑁𝑅𝑂𝑆𝐴 𝐶𝑂𝑁𝐶𝑈𝑅𝑆𝑂 𝐺𝑂𝐿𝐷𝐸𝑁 𝐹𝑂𝑋 𝐶𝐴𝑇𝐸𝐺𝑂𝑅𝐼𝐴 𝑆𝑈𝑆𝑃𝐸𝑁𝑆𝐸 Imagine um mundo sendo infectado po...