Parte 7

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Deitada no sofá na sala, Janina tenta compreender o que está acontecendo em sua vida. Como é possível ninguém saber o que aconteceu a ela desde a ultima noite de sexta-feira, depois de ter saído para curtir um fim de semana até o inicio da tarde de domingo; quando estava voltando com seus amigos da praia.

Por não se lembrar de nada após ter desmaiado por causa da bebedeira na Kombi, Janina tenta entender como despertou em seu quarto assim... do nada. E que sonhos estranhos são esses que a incomodam tanto? E as manchas roxas no seu corpo, principalmente do lado esquerdo, de onde surgiram?
E porque seu pai agora é um advogado?
Muitas perguntas e nem uma resposta.

O interfone do apartamento então toca, a jovem chama pela mãe, mas depois se lembra que ela saiu com seu pai a mais de quatro horas para fazer  compras de mantimentos em algum supermercado.
Com muita indisposição ela atende, do outro lado da linha o porteiro avisa que um rapaz chamado Diogo quer vê-la. Surpresa, Janina permanece muda enquanto o porteiro fica a repetir o recado. Após um tempo, a jovem responde de um jeito tímido, autorizando a subida do garoto.

A campainha do apartamento  toca, Janina se aproxima e com a mão na maçaneta ali fica paralisada com o pensamento longe. Quase um minuto depois, e após muitos toques, ela abre a porta se deparando com Diogo, os dois se encaram por um bom tempo até que; o garoto dá um abraço em Janina  chorando.

Já sentado na cadeira da mesa de jantar, o jovem ansioso e trêmulo aguarda Janina que foi buscar um copo de água para acalma-lo.

- Aqui está a água Diogo. Se desejar tem um suco de maracujá com camomila horrível que minha mãe preparou!

- Não Janina... Prefiro a água. Não aguento mais tomar esse suco.

- Ué!... Sua mãe também prepara essa coisa horrível? Nossa! Falando na sua mãe... Me desculpe por esbofetar ela. Estava muito nervoso e...

Diogo pega na mão de Janina e aponta para uma cadeira, a jovem sorri e senta ao lado do rapaz que começa a falar:

- Janina você foi a salvação da minha vida ao ter ido hoje lá em casa.

- Mais como assim Diogo? Essa minha loucura está trazendo muito desconforto para todo mundo...

O garoto a interrompe com um ar de felicidade, mesmo com um jeito deprimente:

- Ousa, tudo aquilo que seu pai disse a seu respeito eu acredito! Porque suas últimas lembranças também são minhas últimas lembranças.

Ao ouvir aquilo, Janina abre um largo sorriso.

O Caso JaDiOnde histórias criam vida. Descubra agora