Parte 52 ( A verdade vem a tona)

9 2 2
                                    

Após usar sua super velocidade para se deslocar até o jardim da deleitação; JaDi para, respira fundo e em seguida; abre a porteira do lugar entrando vagarosamente.

Ela fica perplexa com o ambiente sombrio em que o lugar se transformou, o cheiro de morte paira no ar.
A garota então começa a caminhar rápido mas bem vigilante, e depois de percorrer um trecho significativo, avista o castelo em que havia estado com a feiticeira, todo em ruínas como se estivesse abandonado a séculos.

Janina continua sua jornada rumo aos fundos do jardim. No trajeto, ela encontra um forte nevoeiro assustador e frio, onde ouve muitos gemidos de agonia vindo do mesmo.
Muitíssima assustada, a garota entra nesse nevoeiro, agora com sua vigilância dobrada.

JaDi começa a pensar se não seria melhor ela usar seus poderes a fim de acelerar seu objetivo. Nesse mesmo instante, o nevoeiro já começa a baixar onde é possível avistar uma muralha gigantesca com dois portões enormes.

Trémula, JaDi analisa aqueles portões de madeira velhos e repletos de musgos. Então; com muita cisma ela encosta suas mãos no mesmo o forçando e  sem muita resistência, eles se abrem exalando um cheiro de carne podre.

Receosa mas determinada, a caçadora retira de sua bolsa bélica uma arma de grosso calibre (AR15) com uma lanterna de luz forte embutida para iluminar aquele lugar medonho.

Já dentro da fortaleza, JaDi começa a andar enquanto tenta avistar se o governante encontra-se no local:

- Apareça maldito! Apareça!

Após caminhar por quase quarenta minutos em linha reta, ela encontra algo terrível ao iluminar um paredão a vinte metros em sua frente:

- Nossa! Que horror! A milhões de crânios e pedaços de gente pendurados na parede.

Apavorada, a garota começa a iluminar as laterais da fortaleza se deparando com a mesma cena:

- Esse lugar parece um inferno... Ou algo assim. Que criatura mais cruel deve ser esse governante? Mas nada vai me impedir de seguir em frente. Agora... Vou verificar se não a algum tipo de passagens por trás das paredes e encontrar esse desgraçado.

A caçadora recomeça sua caminhada quando volta ao ouvir, ainda mais alto, os mesmos gritos agoniantes de fora da fortaleza. Mesmo assim, ela prossegue até que; pisa em algo esponjoso e melequento.

- Mas que droga é essa?

Apontando a lanterna para onde pisou, vê seu pé afundando dentro da cabeça de um homem que agoniza de dor. Rapidamente, Janina retira o pé de dentro daquela cabeça onde em seguida dispara na mesma.

Tremendo, suando e ainda muito horrorizada; ela abaixa lentamente sua arma para iluminar o chão, e ao realizar o ato, avista milhares ou até milhões de cabeças de homens, mulheres, crianças e idosos. Todos agonizando em dor.
A garota fica em um estado de choque tão imenso que chega a cair sentada. Chorando muito começa a gritar:

- Seu desgraçado!!! Apareça!!! Vou fazê-lo sofre muito antes de mata-lo. Vamos maldito... Apareça!!!

Nesse mesmo instante, Janina houve um som que a faz sorrir timidamente:

- Fruim... Fruim... Fruim...

Ela então retira o bichinho de seu ombro o acariciando na cabeça e dizendo:

- Nossa amiguinho... Até esqueci de você ao ver tanto horror. Como pode haver um ser tão maligno assim? Capaz de fazer tantas barbaridades! Matando até crianças e idosos.

Janina então volta a gritar perguntando:

-Quem é o abominável governante daqui?!

- Eu. - Diz uma linda voz masculina bem próximo a ela.

Rapidamente, em meia aquela escuridão, Janina se levanta, coloca a criaturinha de volta no ombro, ajeita sua arma e pergunta novamente, enquanto iluminado sem parar o local:

- Quem disse isso? Apareça!

- Eu.

- Eu quem?

- Eu.

Os olhos da garota fica esbugalhados após ouvir o último "eu." Lentamente, ela vira seu pescoço na direção de seu ombro e bem de vagar retira o Fruim o segurando com uma das mãos. Em seguida, o iluminado, olha para a criatura onde volta a perguntar:

- Quem... Está ai?

- Eu... O governador da floresta maldita. - Responde o Fruim.

O Caso JaDiOnde histórias criam vida. Descubra agora