Parte 11

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- Mas como assim? Fim do mundo!?

- Pelo menos é o que estão...

De repente, um imenso clarão branco igual a cor da neve surge, e um grande estrondo se dá em seguida. Essa luz foi tão intensa que chegou a cegar os jovens por uns dez segundos.

Após retomarem a visão, Janina se vê abraçada com Diogo, rapidamente ela o larga e muito apavorada volta a questioná-lo sobre o tal fim do mundo. O garoto ainda esfregando os olhos para melhorar suas vistas fala:

- Bem Janina... Vou tentar resumir o que está acontecendo.

- Por favor Diogo! Fale logo! Que estou muito assustada.

- Bom... De sexta feira para cá, surgiu uma luz branca no espaço próximo a lua com duas vezes a proporção da terra, essa luz então começou a se descolar na direção do planeta, e segundo estudiosos; ela emite um tipo de radiação que mata qualquer tipo de organismo vivo.

A garota se levanta e andando em círculos começa a gargalhar muito após a explicação do garoto. Ele sem entender também se levanta e pergunta:

- Qual é a graça Janina?

- Diogo Diogo... Parece que nós dois morremos e fomos para o inferno! Só pode ser isso! Veja toda essa loucura  que está acontecendo com a gente! Essa historia de fim do mundo... Quero que me belisque para ver se não estou sonhando.

- Eu também já pensei dessa forma. Até me espetei com uma agulha para ver se eu sangrava.
- E sangrou?
Sangrou e doeu. Agora se você quer um beliscão!... Eu a belisco.

- Não. Deixa pra lá. Eu também fiz um teste batendo a cabeça com força na parede. E doeu bastante.

Os dois voltam a se sentarem no banco de metal e Diogo, balançando o tronco de um lado para o outro preocupado, desabafa:

- Janina... Estou com muio medo de morrer.

- Ai meu Deus... Eu...

Sem saber o que dizer ao amigo, a jovem pergunta:

- Dormiu bem essa noite?

- Não, Sonhei que estava deitado em uma maca cheio de fios ligados na minha cabeça onde a mesma estava raspada, quando um homem loiro, magro, alto e de bigode ralo trajando uma roupa hospitalar amarela... Se aproximou de mim e aplicou uma injeção dizendo "incrível, não acredito." Há Janina! O que mais isso vai adiantar? Se tudo ira se acabar!

- Eu também tive um sonho tipo o seu, só que foi uma mulher quem aplicou uma injeção em mim. Mas quem eu estou tentando enganar? Você tem razão... Iremos morrer. E levaremos esse mistério para o outro mundo!

Uma forte chuva com vento começa a cair, e mesmo abrigados debaixo do ponto os dois jovens começam a ficar molhados, Janina então segura nas mãos de Diogo dizendo:

- Agora entendo as diversas  preocupações dos meus pais em não me dizer nada a respeito dessa tragedia que está por vim. Não queriam que eu ficasse mais doida ainda. Aquele monte de conservas, enlatados e água que compraram... Eles estavam eram armazenando para manter sobrevivência caso sobrevivêssemos. E... a minha mãe... Não queria que eu vinhe-se até aqui! Agora eu sei o por quê. Fui tão tola que até quebrei o fio do interfone para ela não ligar para o porteiro afim de impedir minha fuga.

- E creio que o porteiro já nem estava lá! Não é Janina!?

- Isso mesmo Diogo. Eu estranhei quando vi a portaria do prédio vazia. Poucas pessoas nas ruas, e essas poucas... Assustadas e carregando muitas sacolas. Quase nem um carro circulando... Agora tudo faz sentido... Pelo menos nisso!

- E tem mais Janina! Muitas pessoas não acreditaram nessa historia, pensavam que só erá mais uma mentira divulgada na internet, por isso muitos não se prepararam adequadamente caso sobrevivam. Incluindo meus pais.

A garota então, ainda segurando as mãos do amigo se levanta o levando junto, e de pé o beija na boca; depois diz:

- Diogo... Se você sobreviver ou alguém da sua família podem ir até a minha casa! Pois sei que se meu pai, minha mãe ou eu sobreviver... Iremos repartir o que tiver para comer e beber.

Os dois, já bem molhados voltam a se beijarem, quando outro imenso clarão nas mesmas proporções do primeiro surge e novamente eles perdem a visão. Quando o grande estrondo passa, o casal ouve uma sirene policial próxima, ao recuperarem a visão se deparam com uma dupla policial composta por um homem e uma mulher.

Um grande impacto assola os jovem quando vêem a dupla policial, com os olhos arregalados e a expressão de pavor com surpresa; um olha para o outro e ao mesmo tempo dizem:

Janina = - É a mulher que eu vi no meu sonho!

Diogo = - É o homem que eu vi no meu sonho!

O Caso JaDiOnde histórias criam vida. Descubra agora