O Caso JaDi

Parte 55

Sem entender o que o Fruim quis dizer com "Agonias da morte," JaDi pede ele ser mais claro no que está dizendo; no entanto a criatura apenas responde:

- Não és digna de saber nada a respeito do que queres saber. Apenas digo que irás sofrer muito.

Olhando encantada para aquele ser em que o Fruim se tornou; um homem belo, de corpo definido, alto, pele azul, trajado como um rei e rosto de príncipe, JaDi começa a ficar bastante deslumbrada e quase hipnotizada. Mesmo assim, ela não se deixa envolver com aquele jogo de sedução e o ameaça sem medo:

- Já que não sou digna de receber uma resposta, também não és digno de viver mais nem um segundo se quer! Por tantas barbaridades que cometeu.

Empunhado os facões em posição de ataque Janina avança na direção do Fruim que começa a falar, após erguer os braços, usando um tom sombria:

- Criaturas imundas banhadas em dor. Levantam-se e compartilhem seus sofrimentos eternos com essa guerreira ingrata.

Depois da fala do governante, as cabeças que agonizavam revelam seus corpos; que antes estavam enterrados no chão até o pescoço.

- Zumbis de novo!? Já não bastaram os da cidade dos mortos!?

JaDi avança contra as criaturas com sua super velocidade onde decepa a cabeça de centenas em poucos segundo. Em seguida, usando suas habilidades e focando na face do mutante, ela consegue corta um pedaço generoso da metade esquerda do rosto do Fruim. Muito furioso; o governante, com a mão direita cobrindo o ferimento, aponta para JaDi e fala, gritando:

- Seu vírus imundo! Vai pagar caro por isso!

- Acho que não Fruim! Pois agora vou arrancar sua linda cabeça e me banhar com seu sangue.

Novamente, se deslocando rapidamente, JaDi parte na direção de seu oponente com os facões cruzados formando uma espécie de tesoura. Ao se aproximar do Fruim para decapita-lo, algo surpreendente acontece; uma barreira de crianças zumbis a impende fazendo a garota conter seu ataque.

- Mas que covardia a sua demônio!? Usar crianças para me deter!

O Fruim começa a rir e ainda com a mão na ferida comenta:

- Numa guerra crianças também devem morrer! E essas eu tive de matar. E não pense que elas estão me protegendo!
As crianças estão protegendo a você.

- Não entendi?

- Sua tola... As crianças estão tentando impedi-la de cair na desgraça do sofrimento eterno.

Confusa, JaDi fica a pensar o que o governante quis dizer com aquilo. Mas antes mesmo dela decifrar aquela questão, o mutante abre os braços assim como as mãos, e através de magia, levita todos os pequenos zumbis. Em seguida, o Fruin  arremessa fortemente todos para bem longe, através uma forte rajada de vento.

Após a nova demonstração de poder, o governador apontando para seu rosto ferido e fala; repleto de ódio:

- Este ferimento que provocastes em meu lindo rosto ira custar um sofrimento intenso em sua pessoa que desejarás nunca ter nascido!

- Eu também vou fazê-lo sofrer muito antes de usar seu sangue nojento como água de banho. E
ainda vou dar um soco na sua cara por cada criança que controla com sua insanidade.

- Sua criatura idiota! Vê se entendi... Aquelas crianças me abominam. Já mais elas me protegeriam de qualquer coisa que possas imaginar. Agora enquanto a ti, elas parecem ver esperança. Com isso... Não querem vê-la sofrer a mesma agonia que sofrem.

Com o rosto melado de lágrimas, a caçadora encarra o Fruim meia que assustada. Ele  por sua vez, faz somente sorri dizendo:

- Meninos e meninas sofrendo intensamente e mesmo assim... Não querem o mesmo para vós. Acho que há algo de especial na sua pessoa para agirem assim!?

- Talvez eu seja a salvação que eles esperam!

- Ingênua... Não a salvação quando for atingida pelas minhas pragas... As três agonias da morte.