O Caso JaDi

Parte 75

- Que incrível! Você é igualzinha a mim!

A garota clone dá uma risada rápida com o canto da boca. Em seguida, retira um tipo de sobretudo revelando um traje ninja igual ao de Janina, mas azul.

- Surpresa? Salvadora.

- Nossa!!! Até a voz... O cabelo... Tamanho... Tudo é igual a mim! Até parece que estou me olhando em um espelho.

- E falando em espelho JaDi... Foi justamente os do salão onde passou que copio seu corpo e mente... Me criando. Mas... Sabe qual o diferencial de nós duas?

- Você é todo meu lado maligno é... Como posso chamá-la? Ou vai usar meu nome também?

- Só depois que matá-la e assumir seu lugar. Enquanto isso me chame de Nina... Tá bom assim!?

- Já está me provocando! Eu odeio quando me chamam desse jeito!

- Sua ingênua e determina criatura... Conheço todo seu lado sentimental frágil. Seus ódios, amores, prazeres, repúdio, gostos, desgostos...

- Cale a boca! E não pense que por ser uma cópia minha vou poupá-la da morte.

Enquanto falava, Nina dá um soco muito forte no estômago de Janina que cai no chão se contorcendo de dor.

- Gostou da porrada? Eu sei que iria me atacar usando sua espada para tentar cortar minha garganta. E que também está muito receios em me golpear por eu ser igual a você. Pois tem medo de olhar eu agonizando e se imaginando no sofrimento.

Já de pé, e com a mão na boca do estômago, JaDi encara seu clone pensando:

" Caramba! Ela sabia o que eu pretendia! O que eu pensava! Mas não vou me impressionar! E irei atacá-la com as estrelas ninjas..."

- Explosivas?! - Grita Nina, disparando várias outras estrelas, enferrujadas e maiores, contra Janina que; com muita rapidez desvia.

- Como sabia que eu iria atacá-la?

- Eu tenho sua intuição... E tudo que pretendes fazer eu sinto de uma maneira bem concreta.

- Eu pensei que conseguia ler meus pensamentos!?

- Não... Porque depois que você saiu do salão espelhado, eu virei uma criatura independente. Apesar de ser uma cópia maligna sua.

- Então a dona Nina... - Ironiza
JaDi - Não sabe de nada o que ocorreu comigo depois que passei pelos espelhos!? Nem que eu mandei a Joana Darque quebrar todo o salão espelhado!?

- Sua infeliz! Não deveria ter feito isso! - Grita o clone perguntando - Mas qual o motivo que você mandou destruir esse lugar sagrado?   Eu considero aquele ambiente como minha mãe! Sua desgraça humana.

- Não quero mais copias feias da minha pessoa!

- Cuida Janina. Eu sei ser irônica igual a você e.... Já sei! O livro... A "santinha do pau oco" deve saber sobre o livro... Ou melhor! Ela deve ter lido o livro e... Esse seu olhar diz tudo! Você pretende alterar toda a história em sua obra para sair vencedora!

Ainda encarando seu clone, Janina pensa:

" Tô totalmente ferrada com esse governante! Seu sentido de intuição é muito poderoso... Me resta só atacar para conseguir mata-lá."

- O que está esperando para me enfrentar? Janina!

- Vamos ver se o genérico é melhor que o original... Nina.

O clone retira uma espada medieval presa nas costas e se põe em posição de ataque. Janina faz o mesmo com sua espada ninja. Mesmo sem entender porquê aquela sua cópia não possui seus apetrechos bélicos.

As duas partem para um imenso confronto na enorme arena rodeada por placas de pedras gigantes.