O Caso JaDi

Parte 41 ( "Fruim" )

JaDi entra na floresta maldita se deparando com uma trilha feita de blocos brancos, medindo um metro de largura. Aos lados, apenas uma vegetação rasteira e árvores gigantescas com troncos largos. O som do ambiente é assustador, mas o que a impressiona mesmo são as árvores; que parecem respirar de forma sufocada. Curiosa, a jovem sai da trilha e se aproxima de uma para observa-lá de perto.

- Mas que árvore estranha!? Parece está respirando!?

Ela coloca a mão esquerda no tronco comprovando sua suspeita. Também percebe dois detalhe esquisitos; a planta além da madeira, é composta de carne e metal.

- É melhor eu tomar cuidado com essas árvores bizarras e voltar logo para a trilha de "tijolinhos brancos"- Ironiza a jovem se lembrando de um conto infantil.

Janina então dá um passo para trás, no intuído se se virar. Mas acaba pisando em algo que emite um grito tipo miado misturado com um som que parece dizer "Fruim."

Assustada, a garota dá um pulo para o lado onde bate na árvore que tocará e a mesma parece empurrá-la de volta, a derrubando de frente contra o chão.
Depois da queda, JaDi tenta se levantar usando os braços como apoio, enquanto reclama do fato.
Ao olhar para sua direita, se depara com uma criaturinha azul e pequena de mais ou menos trinta centímetros de altura, bem peluda, com um corpo em forma cilíndrica, braços tipo tentáculo, pés iguais a patas traseiras de um coelho, orelhas grandes e pontiagudas e com enormes olhos rosas tipo desenho animado japonês.

Impressionada, Janina se levanta rapidamente e com um sorriso, olha para a criaturinha dizendo:

- Oi bichinho! Eu machiquei você quanto te pisei?

A criatura olha para a garota de forma carente, emitindo novamente o mesmo som de forma continua:

" Fruim, fruim, fruim..."

- O que essa coisa bonitinha e fofa faz aqui num lugar sombrio desse?

" Fruim, fruim, fruim..."

A jovem se agacha, pega o bichinho e já com ele nos braços, pergunta:

- Qual seu nome amiguinho?

" Fruim, fruim, fruim..."

- Como eu sou burra! O tempo todo você dizendo seu nome e eu nem me toquei! Não é Fruim?

Aparentando contentamento com aquela criatura, JaDi caminha de volta a trilha onde começa a seguir o caminho de antes. Segundos depois, uma forte rajada de tiros acerta a garota em diversas partes corpo a derrubando sentada sobre os blocos brancos. Assustada, ela verifica se o Fruim não foi atingindo e após comprovar que ele está bem; começa a gritar dizendo:

- Apareça seu atirador desgraçado! Pensa que vai me atingir com seus disparos?

Novamente outra sequência de tiros; agora vindo de todos os lados. Só que desta vez, JaDi se protenge envolvendo seu corpo com suas asas angelicais.
Após os disparos sessarem, ela abre sua guarda e colocando o bichinho em seu ombro direito, onde o mesmo se fixa com seus tentáculos, íntima novamente:

- Idiota! Não adianta atirar em mim pois meu corpo é super resistente! Agora apareça seu infeliz - JaDi então pega seu martelo - Que vou esmaga-lo com...

Foi quando um tipo de cipó grosso, espinhento, de cor verde musco e também composto com carne, se enrola no pescoço de Janina, enquanto outro arranca seu martelo o quebrando ao meio, um terceiro agarra o Fruim o retirando do ombro da jovem e o levando para fora do alcance da visão da garota que é puxada, próxima ao centro do caule de uma das árvores onde de dentro, surge um tipo de metralhadora com cano duplo ramificada na mesma. A arma então se aproxima do peitoral de JaDi disparando insensatamente munição de grosso calibre em seu peito.

Com dificuldade em respirar, e já com dores no peito por estar levando uma infinidade de tiros além de seu vestido angelical está se rasgando, a jovem não pensa duas vezes e disparada uma carga elétrica gigantesca na árvore através de seu poder de eletrificação transformando a planta em cinzas.

Caída na trilha de tijolos e com a sua veste rasgada a cima da cintura além de estar com o peitoral esfumaçado; Janina tenta se levantar. Após duas tentativas ela se levanta e cambaleando; corre na direção da metade superior de seu martelo e ao mesmo tempo, grita o nome da criatura que achou.
Ao alcançar o pedaço de sua arma, JaDi faz menção de pegá-lo quando, diversos cipós a agarra pelos braços, pernas, asas e pescoço onde começam a esticá-la. Ao mesmo tempo, vários disparos vindo de muitas árvores a atinge.

Uma chuva literal de balas acerta a jovem por todo seu corpo enquanto é estrangulada e esticada pelos cipós. Com o corpo muito dolorido e vermelhões em decorrência das rajadas dadas pelas árvores vivas, JaDi repete o ato da eletrificação queimando todos os cipos que a prendia e com isso, a garota cai novamente bem próxima a banda superior de seu martelo. Precavida desta vez, ela fica aguachada usando suas asas de esculdo protegendo-se dos ataques das árvores vivas.

Com muitas dores, mesma com todo seu poder, Janina tenta encontrar uma solução para sair daquela situação dramática. Afinal, suas assas não iram suportar muito tempo aquela condição.

- E agora? Dessa vez tó ferrada! Esses tiros já estão parecendo pedradas! O que eu faço? E o coitadinho do Fruim!? Para onde essas árvores malditas o levou!? Essas plantas são um saquinho cheio de surpresas. Não sei mais o que fazer? Eu não posso ser a caça! Tenho der ser a caçadora...

Foi quando a jovem tem uma ideia ao dizer aquelas palavras, se trasformar em uma caçadora. Mas antes mesmo de iniciar seu pedido, uma das balas perfura sua asa acertando o chão de blocos brancos. A dor é grande, mesmo assim ela respira fundo, e com a mão sobre o cinto do heroísmo pede:

- Quero ser uma caçadora com trajes caracterizados e vasto conhecimento em botânica, com força dez mil vezes maior que a minha, e possuir uma super velocidade além de ter duas bolsas de couro em cada extremidade da minha cintura. A do lado esquerdo com o poder de me formecer qualquer tipo de armamento e a do lado direito, com o poder de trazer o Fruim para dentro dessa bolsa toda vez que eu dizer... "Fruim venha."

JaDi então se transforma no que pretendeu, caracterizada como caçadora, até com um chapéu preso por barbante em baixo do queixo. Também com suas duas bolsas em couro marrom, de uns trinta centimetros cada.

Mesma ainda sendo atingida por tiros, Janina resolve agir utilizando sua nova modificação. Ela dá então um grande salto, pulando no tronco de cada árvore metálica orgânica e colocando bombas de alta pôtencia em cada uma. (Todas retiradas de sua bolsa mágica bélica).
Em seguida, a caçadora se afasta o suficiente daquela região onde por fim diz:

- "Fruim venha."

Atraido pela bolsa de couro mágica do lado direito da cintura garota, o Fruim surge entre as árvores e de forma rápida; entra na mesma ficando protegido.

Janina olha para o Fruim e sorri, passando sua mão sobre a cabeça dele.
Segundos depois, uma imensa explosão extermina todas as árvores vivas metálicas orgânicas. Após apreciar a destruição que causou, JaDi volta a seguir pela trilha de tijolos branco com muita cautela.