O Caso JaDi

Parte 13

Depois de terem deixado Diogo na casa dele e o instruído; chega a vez de Janina, que sai da viatura acompanhada por Clarisse. Já em frente ao portão do edifício a garota diz:

- É aqui que eu moro. Agora pode ir embora! Há... se não fosse essa desgraça que vai acontecer! Eu mesma arrancaria a verdade de você... Tenha certeza disso!

- Garota... Preste muita atenção no que vou lhe dizer. Apenas faça exatamente o que eu havia falado e assim, ira sobreviver ao apocalipse. Eu garanto.

A jovem põe a mão no rosto sorri e depois fala:

- Esculta aqui policial Clarisse... Essa sua ideia de fechar os olhos, se vendar e ficar de baixo da mesa é ridícula! Uma piada!!! E eu estou sentindo que você sabe o que realmente está havendo. Agora com licença!

Janina dá as costas para Clarisse. Desesperada, a policial puxa a garota pelo ombro a virando bruscamente  em sua direção, onde implora:

- Por favor menina! - Clarisse  começa a chorar - Faça o que estou pedindo! A vida de muitos depende disso! Tenha misericórdia.

A policial então se afasta rapidamente na direção da viatura. Vendo o desespero da mulher, Janina grita:

- Afinal quem é você?

Ela não responde, apenas olha para a garota, e toda molhada pela forte chuva, bate uma continência. Em seguida Clarisse entra na viatura, e antes do carro se mover joga algo pela janela.

A jovem corre até o objeto e se depara com um pedaço de papel amaçado, ela o desamassa e vê escrito "9-Ja."

- Eu acho que já vi algo relativo a essa mensagem!? Esse número... Essas letras!

De repente, um fleche de memoria a faz recordar que; em seu último sonho haviam esses tipos de código em prontuários pendurados na base de cada leito.

A garota, sob a forte chuva, fica paralisada por quase um minuto tentando entender essas conturbações inexplicáveis em que sua vida se transformou. Foi quando, outro forte raio de luz branca surge a cegando. Em seguida, um alto estrondo a assusta.

Janina esfrega os olhos ainda com o papel em uma das mãos. Depois de retomar a visão, dobra o papel o guardando em um pequeno bolso frontal de sua calça jeans. Em seguida, ela corre de volta na direção do portão do prédio onde fica o apartamento em que mora. Lá chegando, entra no levador acionando o botão do penúltimo andar.
(Vigésimo segundo)

Na porta do apartamento número mil duzentos e trinta e quatro, ela começa a bater de forma forte enquanto grita o nome da mãe, que abre a porta abraçando a filha e dizendo:

- Graças a Deu você voltou! graças a Deus.

Chorando muito, Janina olha para a dona Laura pedindo mil desculpas por tudo ela disse e fez. Além de agradecer pela paciência em suportar suas atitudes diferenciadas de uns dias para cá. Sua mãe apenas sorri pedindo em seguida  para filha ir retirar aquelas roupas molhadas e depois tomar um bom banho.

Já de banho tomado e com roupas de usar em casa, Janina se senta a mesa onde sua mãe havia preparado uma refeição a base de enlatados acompanhado de uma jarra de suco de maracujá com camomila, rindo a garota comenta:

- Nossa mãe! Que almoço diferente! A não ser por esse suco que você faz questão que eu beba... O restante é tudo bem peculiar.

- Bom filha... É que tivemos de comprar esse enlatados pois...

Sorrindo, a jovem interrompe Laura e com um gesto de mão a convida a sentar ao seu lado dizendo:

- Mãe, eu já sei sobre o destino de toda humanidade. Espero que Deus se lembre da gente!

Muito emocionada e com um olhar trêmulo, Laura passa a mão na cabeça da filha se desmanchando em pranto. Janina respirando fundo com a atitude maternal dizendo:

- Ousa, quero passar esse resto de tempo ao seu lado e do papai. Falando nele... cade ele?

- Bem filha; ele saiu antes de você para tentar conseguir mais alimentos e água.

- Tomara que ele volte logo mãe! Pois além dessa tempestade e raios que chegam a cegar a gente... As ruas estão desertas e com certeza devem estar perigosas.