O Caso JaDi

Parte 77

Janina começa a pensar no nome "Renata" de trás para frente, e se espanta com o resultado.

- Ataner!? Não acredito! Quer dizer que ela é um clone maligno dessa fada na gaiola?!

Nina aplaude ironicamente com um sorrido perverso, depois diz:

- Garota esperta! Pensei que eu mesma teria de responder.

Furiosa, JaDi avança contra seu clone, mas faltando alguns centímetros para agredir Nina; ela é contida pela corrente de ouro. ( Devido ao limite de sua extensão ).

- O... cabeçuda! Teimosa! Eu já disse que é impossível se livrar da corrente dourada. Bem... Agora vamos ao que interessa; meu momento de diversão!!!

- O que você quer dizer com...

Antes de completar sua pergunta, JaDi leva outro soco no estômago onde a dor é bem mais intensa. Enquanto se contorce, já caída no chão, Nina a pega pelos cabelos e a arrasta para junto da gaiola.

- Vamos! Levante-se! Ou pelo menos erga o tronco.

Com muitíssima dificuldade, Janina consegue se levantar.

- Seu clone... Desgraçado!!! Vou acabar com você... Vou rasgar você ao meio...

- Sonhar não custa nada! Eu sei que você é uma sonhadora cheia de planos. Só que infelizmente... tudo acabará por aqui!

- Sua... Sua aberração!!! Pare de dizer essas coisas e lute!

- Sabe que você tem razão querida! Vamos ao que interessa, se vingar de todos que atormentaram nossa vida. Mas antes...

Nina volta a agarrar os cabelos de Janina puxando o pescoço da garota para trás, enquanto ao mesmo tempo retira o cinto do heroísmos com a outra mão. Em seguida, solta os cabelos de JaDi dizendo:

- Ainda bem que temos o mesmo DNA... Se não nunca conseguiria arrancar esse cinto com tanta facilidade - O clone então o coloca e depois deseja:

- Quero ser todas as nove transformações que fui antes!

Nina aguarda por quase um minuto a espera de seu pedido, mas nada acontece.

- Que infelicidade é essa? Essa porcaria de cinto não quer funcionar comigo?!

Enquanto Janina fica sem saber como agir, a fada Renata começa a rir.

Nervoso, o clone se aproxima e a questiona:

- Qual a graça? Inseto miserável.

- É que vocês "clones" não passam de uma massa fedorenta.

- Se explique melhor seu micróbio... E quem sabe eu corto suas orelhas em vez de sua língua.

- Ousa bem... Seu corpo não possui nem um vínculo de igualdade com o da Salvadora. É apenas um molde e por isso; o cinto a rejeitou. Somente a mente da cópia espelhada é original e inversa para o lado do mal.

Nina se agacha, e olha friamente para a fada dizendo:

- Então como eu arranquei o cinto da garota com tanta facilidade? Pois se eu não tivesse o DNA dela jamais...

- Não seja estúpida! - Grita a
fada - Você só o retirou por causa da corrente e...

Agora é Nina quem grita:

- Dane-se!

- É você que vai se danar! A nossa libertadora chegou. E tenho certeza que meu clone não ira deixa-la viva... Mesmo se você eliminar a Salvadora.

- Fada fada fada... Não seja inocente!

- Inocente é você! Que não passa de uma cópia ridícula da original.

Furiosa, Nina abre a gaiola e apanha Renata, em seguida começa a apertá-la.

- Morra seu inseto...

- Pare com isso agora! Seu inimigo sou eu!

O clone então solta a fada, depois fecha a gaiola e se levanta com a mesma na mão, direita.

- É... Você tem razão, vamos resolver nossas pendências malignas juntas, e depois que eu matá-la e enfiar sua cabeça em uma lança... Termino de acertar as contas com a fadinha bocuda.

No mesmo momento, Renata começa a gritar desesperada:

- Desperte a criatura dentro de você, Salvadora... Desperte a criatura dentro de você...

Irada, Nina arremessa a gaiola bem longe na direção da cabeça do dragão, depois ela retira o cinto e repete o ato e por fim, encara JaDi, que faz o mesmo com muita raiva.

Nina então se afasta até a limitação da corrente que prende Janina. Em seguida, ergue os braços onde começa a se formar sobre sua cabeça uma espécie de portal em um formato oval na horizontal, com uns quatro metro de diâmetro.

- Mas que coisa é essa?!

- Nossa porta de entrada para colocarmos um fim em nossas divergências terrenas. Sua desgraçada!!!