Parte 14

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Já deitada em sua cama, Janina demostra muita preocupação com seu pai, e olhando para Laura que está em pé de junto dela com um cobertor em mãos, diz:

- Mãe... Já são onze e vinte da noite e nada do pai chegar! Não sei se vou conseguir dormir! Pra falar a verdade... Não durmo bem a dias... Tenho medo de sonhar!

Laura enxuga uma lagrima que escorreu de seu olho direito, depois cobre a jovem dizendo:

- Filha... Irei orar muito para que você tenha a melhor noite de sono da sua vida. Enquanto ao seu pai... Bem... Ele me disse que se não voltasse...

A mãe de Janina não suporta a ausência do marido e cai ajoelha em prantos ao lado da cama da filha. A jovem então se ajoelha junto a mãe, que está com os olhos repletos de lagrimas enquanto expressa seus pensamentos de amor ao esposo:

- Carlos minha paixão! Não me abandone! Eu quero morrer ao seu lado! Volte querido... Volte!

- Mãe acalme-se! Eu até posso imaginar o que o pai deve ter lhe dito antes de sair. Agora o que podemos fazer é só orar. Sei que ele ira ficar bem se não voltar.

- Mas filha! Não irei dormir tranquila. Mesmo ele me pedindo é... é...
- E o que realmente ele pediu?
- Para ficarmos juntas  até o ultimo instante, mesmo se ele não voltar...  Me entenda Janina! Esses raios assustadores, essa chuva forte que não passa! Tudo isso aumenta meu desespero com...

A garota então fecha os olhos e começa rezar murmurando. Depois, ela se acomoda em sua cama pedindo para mãe cobri-la. Laura a cobre. Em seguida, a garota deseja boa a noite. Sua mãe retribuí:
- Boa noite filha.
Com um olhar profundo e um sorriso simples Janina comenta e desabafa:

- Mãe! Já orei pelo papai. Agora quero que faça o mesmo por nossa família. Sei que onde é que ele esteja; está pedindo proteção a nós duas. E quero novamente lhe pedir desculpas por qualquer coisa. E se essa for nossa última noite... Vou expressar algo que deveria ter feito todos os dias. Dizer que te amo.

- Eu também te amo, filha.

Laura dá um beijo em Janina, apaga a luz e fecha a porta do quarto, onde a garota só ouve a chuva e os fortes estrondo decorrente das irradiantes luzes brancas.

Além de preocupada com o pai, a jovem fica evitando cair no sono com medo dos pesadelos. Mas mesmo com a intensa tempestade, o sono é mais forte e a domina.

Pouco segundos depois de adormecer, Janina desperta novamente no imenso salão cheio de leitos trajada da mesma forma do ultimo sonho. Ela então coloca a mão na cabeça e não encontra seus cabelo, mais sim diversos eletrodos, em seguida passa a mão na parte de trás e percebe que há um fio bem grosso acoplado em um tipo de entrada metálico na sua nuca.

A garota rapidamente, joga o lençol que a envolve no chão se sentando no leito. Em seguida, tenta desacoplar os fios em sua cabeça. Ao tentar retirar o da nuca uma voz vindo ao fundo do salão começa a gritar:

- Pare! Não faça isso!

Janina vê uma mulher se aproximando dela, ela tenta se levantar só que é impedida pela pessoa que gritava. A mesma volta a fala:

- Por favor pare! Não faça isso!

Ao olhar para a mulher, Janina arregala os olhos e pula do leito, onde quase todos os eletrodos em sua cabeça saem.  ( O da nuca por possuir um fio mais longo continua acoplado ) Janina acaba caindo junto a parte frontal da cama onde ela vê um prontuário e ao lê-lo, percebe que é o mesmo número do papel que a policial havia jogado; e que essa mesma policial é a moça que está lhe agarrando e a colocando de volta no leito.

- Por favor colabore comigo! Se não nos duas estaremos em grandes apuros.

A jovem em um estado de paralisia corporal pelo pânico pergunta:

- É você.... Clarisse?

Sem responder a mulher olha para a garota e sorri, em seguida começa a conectar os eletrodos soltos, Janina volta a perguntar:

- É você Clarisse?

Sem esclarecer a pergunta, ela apenas diz:

- Pronto! Reconectei você. Agora me esculte... Vou lhe aplicar um remédio - Ela retira de sua pochete uma ampola e seringa - E lembre-se do combinado a respeito de ficar de baixo da mesa.

Um homem surge ao fundo e começa a se aproximar, rapidamente a mulher aplica o medicamento em Janina, que  fica tonta com as vistas  embaçadas. Mesmo assim, a garota ouve uma voz masculina dizendo:

- O que está acontecendo ai doutora?

"- Essa voz? Eu me lembro dessa voz! É... Claro! A do homem branquelo com aquele óculos com lente de fundo de garrafa."

Depois do raciocínio, Janina; mesmo quase perdendo a consciência, ouve algumas palavras salteadas da mulher. "Procedimentos.... Acabou..... Não.... Dados." A garota então perde os sentidos.

O Caso JaDiOnde histórias criam vida. Descubra agora