Parte 44

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Durante o trajeto ao castelo do jardim da deleitação, Janina observa admirada, todas aquelas espécies de plantas não existem em canto algum da terra. (Esse seu conhecimento em botânica foi adquirido graças a uma das habilidades pedido ao cinto do heroísmo nessa última transformação). Ela então questiona a tal princesa sobre o fato, que lhe responde:

- Ousa JaDi... Realmente você tem razão! Essa vegetação não é encontrada em nem uma parte do planeta pois, são plantas criadas de sonhos prazerosos, onde cada tipo exala ou gera um prazer extremo quanto utópico. Por exemplo... Veja aquelas flores azuis magníficas a sua esquerda, a função delas é soltar o odor da satisfação completa. E enquanto aquelas lindas árvores com frutas coloridos!? Essas tem a função de proporcionar uma alegria intensa para quem consumir um de seus frutos.

- Eu percebi isso senhorita Pureza. Mas... Por maior que seja a tentação em me entregar a esse lugar... Não cederei jamais. Afinal! O que eu quero é apenas algumas informações sua. Depois faço aquilo o que me havia pedido. Se ainda desejar!

- Quando chegarmos ao destino combinado conversaremos abertamente.

Após alguns minutos de caminhada, as duas avista um lindo castelo, tão belo que hipnotiza os olhos. Encantada a caçadora pergunta:

- É aqui?

- Sim. É aqui o meu castelo. O castelo purpuro.

- É muito lindo Pureza! fiquei encantada!

- É lindo mesmo! Um conto de fadas.

- Estou ansiosa para entrar no seu castelinho. - Diz Janina  sorrindo de um jeito sarcástico.

As duas então atravessarem uma ponte sobre um rio de mel para entrarem no forte purpuro. Já dentro, JaDi se emprisiona com as mais belas decorações que um lugar poderia ter; repleta de peças feitas de ouro e joias preciosas, aumenta ainda mais a beleza do local.

Pureza se aproxima então de uma pequena mesa de vidro forrada com um lençol dourado. Sobre esse móvel; uma chaleira de ouro e duas taças decoradas com pedras de opala além de estarem cheias com alguma bebida de aroma delicioso. Há também um lindo par cadeiras, que parecem mais com um tronos magníficos de um deus.

- Por favor JaDi! Sente-se e me acompanhe nesse chá anestésico para os males mundanos.

- Nossa! Deve ser muito maravilhoso!

As duas se sentam. Pureza serve a bebida perguntando em seguida a caçadora:

- JaDi! Você não gostaria de viver aqui comigo?

Com a taça na mão e assoprando o chá, Janina começa a rir muito, perplexa a suposta princesa a questiona:

- Porque ri JaDi?

Já com sua taça sobre a mesa, sem ter dado nem um gole, ela responde:

- Por nada.

- Como por nada? Ou não gostou da minha oferta?

- Claro que sim, e vou aceitá-la com todo prazer desde que me responda onde está o governante desse lugar. Ou por acaso é você?

- Não sei! E é claro que não sou eu!

Janina então se levanta, empurra a mesa para lado a derrubando. Em seguida, ela retira a mesma arma de grosso calibre que havia apontado para Pureza, dizendo:

- Ousa sua maluca!!! Eu não tenho interesse por porcaria alguma desse lugar. O que realmente me interessa é saber onde está o governador dessa floresta maldita!!!

Ainda sentada Pureza nada diz e apenas sorri, mesmo com aquela arma apontada para sua cabeça.

- Para de se fingir de desentendida e me fale onde está o governador?

A bela princesa toma um gole de sua bebida, depois limpa os lábios delicadamente e responde a Janina, de forma fria:

- Ele vivia atrás do meu jardim. Só que fugiu.

- É mesmo! - Ironiza Janina - Então tire seu traseiro dessa cadeira e me leve até os fundos desse maldito lugar! Quem sabe eu poupe sua vida! Se me provar que o chefão daqui fugiu mesmo!

- Não... Não vou fazer isso JaDi.

A caçadora engatilha a arma a apertando na testa de Pureza:

- Então vou matá-la!

- Eu gostaria que já tivesse feito isso antes! - Pureza passa a ter um semblante depressivo.

Desconfiada com aquilo, Janina questiona aquela garota estranha:

- Me diga, antes de elimina-la... Porque esse desejo de morrer? Porque você espera que eu a execute? Porque você mesma não tira sua vida? Se quer tanto morrer!

Com lágrimas azuis Pureza responde:

- É que depois que o rei Fruim se foi... Nosso jardim se tornou um paraíso sem escolhidos. Todos do reino da púrpuria  foram procurá-lo por essa maldita floresta mas ninguém voltou. E a única pessoa que restou fui eu! A jardineira da deleitação.

- Abaixando a arma e olhando surpresa para Pureza a caçadora pergunta:

- Qual é mesmo o nome do rei que se foi?

- Fruim. Agora por favor me mate logo!

- E como é fisicamente esse fruim?

- Um tipo de bichinho bem fofo que só sabe dizer apenas o nome dele.

Coçando a cabeça, Janina pensa e pensa.

Intrigada com a reação da caçadora, Pureza é quem pergunta agora:

- O que houve JaDi? Parace saber algo a respeito do Fruim!?

Chacoalhando a cabeça como se saísse de um transe, a caçadora olha fixamente para a jardineira dizendo:

- Se eu lhe entregar o seu rei... Você me conta a verdade sobre o governante!?

- A única verdade que existe eu já disse!

JaDi então retira da  o Fruim da bolsa o mostrando para e Pureza que ao vê-lo; grita o nome da criatura enquanto  tenta arranca-lo das mãos de Janina a força.

- Não vou entregar seu rei se não me dizer tudo o que realmente sabe!

JaDi evita que a jardineira tome a criatura se afastando alguns metros. Enquanto isso,
a expressão da garota Pureza começa a mudar, seu olhos se tornam psicóticos e sua voz apresenta um tom de insanidade:

- Me de o Fruim sua raptora! Sua Maldita e mundana!

- Agora a Pureza se tornou Malvadeza - Diz Janina de forma sarrista - " Tadinha" dela!

- Cale a boca e me entregue o rei... Sua desgraçada!!!

- Não. Além do mais... Você não me serviu para nada. Só foi perca de tempo.

O Fruim começa a se desesperar emitindo fortemente seu som característico e muito trêmulo, se gruda em Janina.

- Pelo jeito nem o Fruim lhe quer!

Com muito raiva, Pureza passa suas duas mãos em seu rosto retirando a pele. Uma face horripilante e repugnante revelanda a verdadeira criatura que a jardineira é...  Uma bruxa.

O Caso JaDiOnde histórias criam vida. Descubra agora